Solene Temor


SOLENE TEMOR

Parte 2

 

 

O SENHOR é sublime, pois habita nas alturas; encheu a Sião de direito e de justiça. Haverá, ó Sião, estabilidade nos teus tempos, abundância de salvação, sabedoria e conhecimento; o temor do SENHOR será o teu tesouro (Is 33:5,6).

 

O DEUS ONIPOTENTE

 

Davi, divinamente inspirado faz uma declaração sobre a sublimidade de Deus:

 

Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz e as suas palavras até aos confins do mundo (Sl 19:1-4).

 

O universo proclama a glória de Deus! Para a maioria de nós, é difícil compreender a imensidão do Universo. Onde ele começa? Onde termina?

Faremos um paralelo para ao menos tentar dimensionar, um pouquinho, a majestade de nosso Deus.

Vamos explicar o seguinte:

Se olhar para o céu numa noite limpa e escura, longe da poluição luminosa, verá uma tênue banda de luz a atravessar os céus. Esta é a Via Láctea, lar do nosso Sistema Solar. Aqui existem pelo menos, outros 200 mil milhões de estrelas (estimativas mais recentes proporcionam um número que rondam as 400 mil milhões).

A estrela mais próxima de nós é o Sol, que está a 149.637.000 km da Terra.  Para ir à velocidade normal de um avião (800 km/h) levaríamos em torno de 21 anos. Sem pousar e por os pés no chão.

Para quem gosta de dirigir, está viagem demoraria aproximadamente duzentos anos, sem paradas para abastecer, dormir, ou comer.

Para se medir distâncias astronômicas, o homem aprendeu que a luz, é a via mais rápida para se fazer isto. A luz “viaja” à velocidade de 300.000 km/s, aproximadamente 1.078.030.000 km/h. Fazendo a sua viagem até a terra em meros oito minutos e vinte segundos!

Nem vamos entrar em discussão, sobre algumas estrelas que podemos ver a olho nu. Que estão a mais de quatro mil anos luz de distância.

Isto quer dizer, que a luz que estamos vendo hoje, foi lançada por estas estrelas, quando Moisés dividia o mar vermelho, viajando a 1 bilhão, 78 milhões, e trinta mil km/h sem parar! E as outras galáxias? Estamos falando apenas da nossa!

Isto tudo é muito interessante, contudo, o impressionante está em que tudo isto existe e subsiste pelo poder da Palavra de Deus. Ele disse haja!”. E houve!

 

Conta o número das estrelas, chamando-as todas pelo seu nome. Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir (Sl 147:4,5).

 

Salomão o homem mais sábio da Terra, disse: Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei (1 Rs  8:27).

A majestade do Senhor é informada a cada um de nós através do profeta Isaías capítulo 40. Ressaltamos o versículo 26 Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar.

Após esta leitura será que poderíamos nos aperceber um pouco da glória de Deus, e de sua bondade para conosco? Ele chama cada uma das estrelas pelo nome e ainda se importa conosco? O que fizemos para merecer tamanha atenção? Nada! E não há nada que possamos fazer.

 

Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres? E, o filho homem, que o visites? (Sl 8:3,4).

 

Por que será então que muitas vezes chegamo-nos à Sua presença com o interesse de quem recebe um visitante não muito estimado? Sem a mínima reverência, cumprindo apenas um protocolo: “Ah! É você de novo…”

 

 

 

O DEUS TEMÍVEL E SUA MISERICÓRDIA

 

 

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se a cada manhã. Grande é a tua fidelidade (Lm 3:22,23).

 

Há cerca de 7 bilhões de homens e mulheres no mundo. Misturados com essas miríades de pessoas que se esquecem de Deus ou até mesmo desafiam a Deus, há um corpo cristão que são segundo a aliança, que pensam em Deus, que conhecem a Deus, que confiam em Deus, e que até mesmo estão em comunhão com Deus. Deus fez com eles uma aliança.

É uma maravilha da misericórdia que Deus tenha firmado uma aliança com os homens; mas assim Ele tem feito. Deus se comprometeu com Seu povo, e o povo, por sua vez, mediante Sua graça, se comprometeu com Deus. Estes são os pactuados do céu, nos laços de amizade, aliança, e até mesmo união com o Senhor seu Deus.

Essa aliança ficará firme quando as montanhas desmoronarem, e as colinas forem removidas. Não é uma coisa efêmera, mas, como seu Autor, é eterna.

Não que por nós mesmos fossemos capazes de alguma coisa. A primeira aliança foi feita com a raça humana, no primeiro Adão; mas o primeiro Adão era falho, e fracassou bem rapidamente; ele não conseguiu suportar a tensão da sua responsabilidade, de modo que aquela aliança foi quebrada.

Mas o fiador da nova aliança é Jesus Cristo, e Ele não tem falhas; é perfeito! Ele é o cumprimento da promessa, Ele fica firme na Sua absoluta perfeição sob todas as tensões, a aliança fica firme nEle.

Visto que está escrito Dei-o ao povo por aliança (Is.42:6) esta aliança não pode falhar, porque não pode falhar Aquele que é a soma e a substância dela.

O lado humano poderia ser considerado o lado fraco; no entanto quando Jesus se tornou o representante do homem, esse lado ficou firme.

Sendo Jesus o representante de todo o Seu povo fiel na aliança, esta aliança só pode ser eterna.

 

“…para que nunca se apartem de mim”   

 

Farei com eles aliança eterna, segundo o qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no se coração, para que nunca se apartem de mim  (Jr 32:40).

 

Spurgeon ensina que a salvação daqueles que estão na aliança com Deus é provida aqui por uma promessa absoluta do Deus onipotente, que forçosamente será cumprida. É nítida, clara, incondicional, positiva: para que nunca se apartem de mim.

A promessa não é cumprida por meio de alterar o efeito da apostasia. Se eles se apartassem de Deus, isto seria fatal. Suponhamos que um filho de Deus se afastasse totalmente de Deus, e perdesse totalmente a vida de Deus; o que seria dele então? Seria salvo da mesma forma? A resposta: sua salvação se acha no fato de que ele nunca perderá totalmente a vida de Deus.

Mas vamos supor que tal fato acontecesse. Se um cristão fosse totalmente separado de Cristo, teria, sem dúvida, que perecer eternamente. As Escrituras são muito positivas a este respeito.

Se a obra da graça pudesse fracassar completa e totalmente em qualquer homem, o caso seria absolutamente sem cura, visto que, em tal hipótese, o melhor meio foi experimentado e fracassou.

Se o Espírito Santo realmente regenerou uma alma, e aquela regeneração não a salvar da apostasia total, o que mais poderá ser feito? Existe o nascer de novo; mas não existe o nascer e renascer várias vezes.

A regeneração é de uma vez e por toda vida; não pode ser repetida. Se a pessoa foi lavada no sangue de Jesus, renovado pelo Espírito Santo, e esse processo sagrado fracassou, então não sobra outra opção.

Quando as coisas velhas já se passaram, e todas as coisas se fizeram novas, não há como se tornar velho de novo!

O Senhor não nos tira do mundo, Ele deixa que enfrentemos os desafios a que todos os demais estão sujeitos, todavia, Ele nos dá a vitória! Somos tentados assim como foi o nosso Senhor; mas, é fornecida para nós uma via de escape. E para que isso? Para que nunca se apartem de mim! Que segurança abençoada! Podemos ser tentados, mas, não vencidos. Embora todos nós pequemos, não é o nosso desejo pecar, e não pecaremos de tal maneira que nos apartemos de Deus.

O homem convertido não pode viver como quer; ou melhor, ele é tão transformado pelo Espírito Santo, que se pudesse viver como quer, nunca pecaria, mas viveria uma vida absolutamente perfeita.

 

Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante a o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meu membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escrava da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado (Rm 7:15-25).

 

E disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento(Jó 28:28).

 

O que é esse temor de Deus? Conforme Spurgeon, é um santo temor e reverência ao grande Deus. Ensinados por Deus, conseguimos ver Sua infinita grandeza, e o fato dEle estar presente conosco em todos os lugares; depois, cheios de uma consciência devota da Sua deidade, não ousamos pecar. Visto que Deus está perto, não podemos ofendê-lO.

As palavras meu temor (Jr 32:40), também subtendem o temor filial. Deus é nosso Pai, e sentimos o espírito de adoção, mediante o qual clamamos: “Aba, Pai”.

Esse amor filial desperta em nós o medo de entristecer Aquele a quem amamos, e, portanto, não temos desejo de nos afastar dEle. Existe também em nossos corações um profundo senso de obrigação de sermos gratos: Deus me trata tão bem, como poderei pecar? Ele me ama tanto, como poderei ofendê-lO? Ele me favorece tão grandemente dia a dia que não posso fazer aquilo que é contrário à Sua vontade.

Nosso coração precisa transbordar de gratidão por tudo que Ele tem feito. A gratidão tranca a porta contra o pecado. O grande amor recebido derruba a grande tentação para desgarrar-se.

Nós que fomos de maneira tão especial, amados por Deus e unidos a Ele por uma aliança eterna, como poderemos desafiar abertamente este amor tão maravilhoso?

Certamente não poderemos ter prazer em ofender um Deus tão gracioso; mas é nossa alegria cumprir os Seus mandamentos, e escutar a voz da Sua palavra. Estamos com Ele, não por uma obrigação imposta, mas, como servos por amor, nunca queremos nos afastar daquele que nos proporcionou tão grande salvação!

Este santo temor não é obra nossa. O temor de Deus é mantido vivo em nossos corações por meio de ouvirmos Sua palavra, porque a fé vem pelo ouvir, e o santo temor vem por meio da fé. Sejamos, portanto, diligentes em escutar a Palavra.

Aquele temor é mantido em nossos corações por meio de lermos as Escrituras, pois à medida que nos alimentamos com a Palavra, ela respira dentro de nós aquele temor de Deus que é o princípio da sabedoria. A verdade revelada, a meditação a oração, serão o combustível para o fogo do temor a Deus em nossos corações.

Quando não há esta chama acesa em nossos corações, o eu, fala mais alto. O que importa sou eu, e este é o princípio, o espírito que vale na sociedade em todos os níveis de relacionamentos. Todos querem o seu. Cada um defendendo seus interesses.

A busca pelo prazer toma conta das pessoas de tal forma, que elas passam a negligenciar seu trabalho, sua profissão e até mesmo sua reputação. O prazer se transforma num poder tão sufocante que elas se deixam controlar por ele. Já se levantam pela manhã decididas a ir atrás dele, e continuam até à noite. A curtição é o que interessa. Não a preocupação em viver uma vida completa, alicerçada em princípios bíblicos.

O cristão não pode ser assim! Nós somos povo de Deus! Precisamos decidir em que lado ficaremos. O grande problema do povo de Israel era esse! Eles queriam ser como as outras nações. Eles diziam: essas outras nações são nações de muita sorte: seus deuses são muito melhores que o nosso; eles podem comer e beber o que quiserem, podem casar-se com quem desejarem; podem fazer o que lhes der na cabeça, durante os sete dias da semana: Nosso Deus nos deu os dez mandamentos, e eles são insuportáveis.

Eles queriam ser como os outros; então deram as costas a Deus e aceitaram os outros deuses. Nunca entenderam o privilégio de ser o povo de Deus, um povo único, um povo propriedade exclusiva de Deus, um povo que é como a menina dos olhos para Deus (Dt, 32:10).

Assim, como o Diabo convenceu Eva a satisfazer sua carne, ele agiu também com o filho pródigo: Esta vida aqui em casa não está com nada! É isso que é viver? Eu ouvi falar que naquele país estrangeiro eles vivem de verdade. Mas aqui, ah! Existem perspectivas, é claro, mas de uma vida de sujeição ao meu pai e ao meu irmão que mais velho que eu. Eu não tenho oportunidades. Não tenho liberdade. Eu desejo vida. Quero espaço para viver. Que mal há nisto? Por que não fazer? Isto é radicalismo? Você esta atrasado no tempo, seja moderno. Quero o que é meu! E partiu… E, depois, voltou!

Será que isto não pode estar ocorrendo conosco? Debaixo de promessas que vai ser maravilhoso! Vai ser ótimo! Vai ser o máximo! É assim que se faz!… O homem vem caindo desde a criação. O pecado nunca nos diz uma palavra do que vamos perder.

Segundo Dr. Lloyd Jones, o mundo inteiro está pregando o materialismo, porque não está de modo algum interessado no espiritual. O mundo nos diz que temos que nos concentrar nesta vida, no agora e no já. Todos querem o seu. Estamos todos, por natureza, defendendo interesses pessoais, e tudo não passa de uma manifestação de puro egoísmo. Que interesse tem o sentimento das outras pessoas? Muitas pessoas ainda pensam que estão praticando princípios cristãos, mas de que vale isto sem a presença de Deus?

O hedonismo impera, o slogan do mundo é este vinho, mulher e musica. Que são os homens e mulheres? São apenas máquinas de fazer dinheiro? São animais que devam buscar o prazer? Estão aqui para ficar bêbados, entregarem-se ao sexo, e endoidecerem com música ritmada? Será que as pessoas foram criadas para se comportarem como se fossem animais numa fazenda? Seria o prazer o “derradeiro fim” para homens e mulheres? Será que eles só estão aqui para gratificar esse lado?

Não, não! O problema com o mundo hoje é que ele não conhece o que é o ser humano. São ignorantes sobre sua própria origem, sobre sua natureza e seu destino final dentro do propósito de Deus. Parece que há uma glória especial em querer ser originário de uma ameba, ou ainda pensar que não são nada além de macacos extremamente desenvolvidos, animais racionais e nada mais. Não crêem em Deus nem na eternidade. Tudo porque são ignorantes sobre sua própria grandeza.

A degradação moral parece não ter fim, quando pensamos que chegou o fundo do poço, mais “novidades” aparecem.

A pornografia parece estar institucionalizada, não respeita idade, horário, meio de divulgação, nada!

A carne tem muitos caprichos. A imaginação tem sido o limite! Até onde vai a imaginação?

O preço a ser pago por tudo isto, não é mensurado. O relativismo impera. Sendo este o maior perigo para o Cristão.

A teoria que não existe uma verdade absoluta, se contrapõe ao principal ensinamento cristão: Só existe um caminho para a salvação.

Com o relativismo, vem um dos maiores pecados (se não for o maior) a rebelião! Se quiserem uma experiência disso, é só darem uma orientação sobre determinado assunto, e mesmo que vocês estejam pautados em princípios bíblicos, haverá questionamentos – enfrentamentos.

Mudaram os nomes, mas, os pecados continuam os mesmos. Nesta era dita do conhecimento – nós somos os burros e eles os sábios.

 

Os homens inculcando-se por sábios tornaram-se loucos (Rm 1:22).

 

A lascívia está à solta, é a mente impregnada com obscenidades. É um amor ao pecado tão desenfreado e tão audacioso, que o homem deixou de importar-se com aquilo que Deus ou os homens pensam a respeito das suas ações.

A essência da lascívia é que se chegou a uma etapa, que a pessoa não faz o mínimo esforço para ocultar ou mascarar o seu pecado; é o pecado que perdeu toda a vergonha, e o pior, é um ato da personalidade que já perdeu aquilo que deveriam ser as suas melhores defesas: seu respeito próprio, e seu senso de vergonha.

É a devassidão, a alma totalmente conduzida pela carne. É para chorar, mas não desesperar, pois, sabemos que haverá um fim para esta história.

 

Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus, porquanto verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos (Ap 19:1,2).

 

 

 

CONCLUSÃO

 

 

Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram (Mt 4:8-11).

 

Portanto, sejamos cautelosos. Não existe nada mais trágico do que o modo como muitos cristãos introduzem as relíquias das suas filosofias e do seu entendimento pessoal na fé cristã. As tentações oferecidas pelo maligno, possivelmente não cheguem de maneira clara para cada um de nós, contudo, há um ponto em que todas estas tentações convergem: colocar-nos em rebelião com Deus.

Muitos que afirmam que crêem na Bíblia, e que reconhecem a sua autoridade, rejeitam-na neste ponto porque não gostam da doutrina, ou porque não conseguem conciliar o seu conforto pessoal, com o desconforto que a Palavra trás sendo contraditória a tudo que estamos vendo. Então deixando o manancial de águas vivas, cavam cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas (Jr 2:13). Dai o alerta de Paulo ao seu fiel discípulo Timóteo e cabível a cada um de nós: nos últimos tempos

Mas, a conciliação aí está diante de nós. Apesar de sermos mortos em ofensas e pecados. Odiosos e odiando uns aos outros, corrompidos pelo pecado, pecadores na prática, vivendo em delitos e pecados e sob a ira de Deus.

O mesmo Deus que ofendemos e contra quem pecamos nos ofereceu o caminho da libertação para nós, fomos livres, estamos livres, somos libertos, pela sua graça e seu imenso amor!

 

Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados (Hb 2:16-18).

 

Então vamos abusar de Seu amor, de Sua graça e de Sua misericórdia, para que seja muito mais abundante? Incisivamente o apóstolo Paulo nos adverte:

 

De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? (Rm 6:2).

 

Só entenderemos esta maravilhosa graça, este imenso amor, ao reconhecermos que nada do que temos como justiça própria, nos livraria da justiça divina. E ninguém pode saber disto tão bem quanto um cristão.

Os cristãos não são o que são porque são bons homens e boas mulheres. Cristãos são pecadores desprezíveis, salvos unicamente pela graça de Deus! E aqueles que têm o Espírito Santo não podem ficar surdos a isto. Precisamos de re-avivamento do fogo do Espírito em nossas vidas. Somente aqueles que ouvem (obedecem) a voz do Espírito podem estar convictos que estão fazendo a vontade do Pai, que não estão inclinando-se para a carne, mas, correndo com perseverança e deixando de lado todo o embaraço, prosseguem para o alvo eterno da soberana vocação.

 

E disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento (Jó 28:28).

 

Deus nos chama constantemente, qual será a nossa resposta ao Seu imenso amor? Ensina-nos Senhor! Nós queremos e precisamos que o Senhor nos ensine.  Glória, poder, e honra ao nosso Deus!  Aleluia!

 

Wilson & M. Carmo Sandoval

TU ÉS TEMÍVEL – Pr. Ricardo Garcia

 

Tu és temível, Deus, Maior que todos

E os outros são falsos deuses

Tu és incomparável, és invencível

Tu és o criador do Universo

E em Tuas mãos está todo o poder,

Tu és soberano

Tua palavra cumpre Tua vontade

Tu és o grande Deus do impossível

 

Ensina-me a temer e Te obedecer

Ensina-me a viver cumprindo o Teu querer

Ensina-me a adorar e o Teu nome honrar

Ensina-me a clamar e em Ti confiar

Tu és temível Deus, Tu és temível Deus

Tu és temível Deus, Tu és temível Deus

Bibliografia:

Uma Nação sob a Ira de Deus – M.L. Jones

A perseverança na Santidade – C.H. Spurgeon

A ira de Deus – D.M.Lloyd Jones

A glória de Cristo – John Owen

Um grito pela Santidade – J.A.S. Cidaco

O temor do Senhor – J. Bevere

Bíblia Sagrada Thompson – Almeida EC

Bíblia Sagrada SBB – Almeida RA

Testemunhos Seletos Vol II – Ellen G. White

 

Silêncio na Igreja: Conta-se que certa vez o príncipe Conde, em Paris, entrou numa igreja e se ajoelhou ao lado de um jovem seminarista, cuja atitude reverente e discreta lhe chamou a atenção. “Este seminarista” pensou, “deve ser muito sábio, pois em geral se juntam na mesma pessoa o saber e a piedade”. Dirigiu-lhe, pois, ali mesmo a palavra, perguntando:

Que é que o senhor aprende no seminário? O interpelado nada respondeu. Julgando não ter sido compreendido, tornou a perguntar: Que aprende o senhor no seminário? Novamente silêncio! Mais uma vez perguntou, e nada de resposta. Só então o jovem erguendo a cabeça, respondeu: Aprendemos a ficar calados na igreja!