CAPÍTULO I ALIANÇA


  1. 1. O MAIOR MANDAMENTODigitalizar0001

Qual o maior dos mandamentos? Uma pergunta aparentemente inocente, contudo, ao analisarmos o momento, o contexto, desta passagem teremos uma melhor noção das implicações da resposta a ser dada.

Esta era uma pergunta que constantemente era debatida nas escolas rabínicas da época.

No judaísmo havia duas tendências. A tendência a expandir a Lei ilimitadamente em centenas e milhares de regras e regulamentos.

Mas também existia uma tendência concentrar a Lei em uma só sentença, uma declaração geral que compreendesse toda a sua mensagem.

Sammlai, um rabi, havia ensinado que Moisés recebeu seiscentos e treze preceitos sobre o Monte Sinai, trezentos e cinqüenta e cinco segundo os dias do ano e duzentos e quarenta e oito de acordo com as gerações dos homens. Vem David e reduz de seiscentos e treze para onze, no livro de Salmos 15.

“…O que vive com integridade, e pratica a justiça, e, de coração, fala a verdade; o que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho; o que, a seus olhos, tem por desprezível ao réprobo, mas honra aos que temem ao Senhor; o que jura com dano próprio e não se retrata; o que não empresta o seu dinheiro com usura, nem aceita suborno contra o inocente.”

 

Isaias reduz a seis (33:15),

“…O que anda em justiça e fala o que é reto; o que despreza  o ganho de opressão; o que, com um gesto de mãos, recusa aceita suborno; o que tapa os ouvidos, para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos, para não ver o mal..”

 

Miquéias passa de seis para três (6:8),

“…que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus”.

 

e finalmente Habacuque reduz todos a apenas um (2:4):

“… o justo viverá pela fé”

 

Havia realmente uma grande divergência na época, e a pergunta feita para Jesus não era tão inocente como poderíamos pensar.

O escriba que interrogou a Jesus naquele momento lhe perguntou algo que era uma questão muito debatida no judaísmo.

A religião para Jesus consistia em amar a Deus e amar ao próximo. Ele havia dito que a única forma em que alguém pode provar que ama a Deus e mostrando que ama aos homens.

João o apóstolo do amor, reforça dizendo que aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. (1 Jo 4:20).

Paulo também tinha este conceito muito claro em sua mente. Ele diz aos irmãos da Galácia, que toda lei se cumpre no único preceito de amar ao próximo como a si mesmo. (Gl 5:14).

Oséias (6:6) também entendeu isto ao ouvir Deus dizer;

“Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”.

 

Amar a Deus e amar ao próximo são dois fatores inseparáveis.

O escriba aceitou de bom grado esta resposta, e acrescentou que o amor excedia a todos os holocaustos e sacrifícios.

Realmente aquele escriba sabia o que estava falando, contudo, apesar de uma resposta tão correta, Jesus lhe disse que ele não estaria longe do reino de Deus.

O que seria isto? Não adianta apenas sabermos as respostas corretas, as respostas corretas somente nos deixam próximos de um propósito. Seria mais ou menos como se por algum meio, pudéssemos obter os resultados de um grande premio de loteria.

De posse dos resultados, poderíamos dizer que estaríamos perto de sermos ricos, entretanto, estar perto de ser rico não significa ser rico, faltaria alguma coisa: jogar.

Jesus estava dizendo que não adiantava somente saber a resposta certa, isto apenas o deixava próximo, era necessário a pratica.

 

“A vida é relacionamento, o resto não passa de detalhe. Essa é a maior verdade. Tudo na vida que realmente importa resume-se aos relacionamentos. Quase tudo que fazemos, de alguma forma, diz respeito a relacionamento. Pense no seu dia. Estamos constantemente envolvidos com pessoas, em todos os lugares: em casa, no trabalho,no carro, nos jogos que praticamos, nos exercícios, nas compras, nas férias, na adoração na igreja, em quaisquer tarefas que você e eu fazemos todos os dias. Mesmo quando dormimos, interagimos com as pessoas. Não escapamos dos relacionamentos .(pag.16)

… A escolha de Adão e Eva mudou tudo. Acabou-se o relacionamento harmonioso que tinham com Deus. Acabou-se o relacionamento satisfatório que tinham um com o outro. O relacionamento deles despedaçou-se. E, desde essa época, como resultado disso, lutamos contra os relacionamentos despedaçados. (pag.34) – Dr. Gary Smalley em O DNA dos Relacionamentos”

Relacionamento é a palavra chave neste ensino sobre o grande mandamento.

Relacionar-se certo com Deus e uns com os outros é a essência do cristianismo. Parece ser simples, mas, não é.

Há uma complexidade de fatores que envolvem a palavra relacionamento: Fatores de tempo, fatores de conhecimento, fatores culturais, fatores de saúde física e emocional, e talvez mais uma meia dúzia de situações que poderiam ser citadas.

Seria tolice tentar pautar nossos relacionamentos baseados somente nestes fatores, porque todos eles, conjunta ou isoladamente, sem o principio bíblico para relacionamentos, nos levam a um relacionamento contratual. Onde o desempenho é o fator principal na continuidade do contrato. Se um não cumprir sua parte o outro esta desobrigado de cumprir a sua.

A Bíblia é o nosso referencial, a nossa base de estudos para falarmos sobre relacionamentos. Para isso não podemos nos esquecer que a origem de nossa fé, nossa salvação, as sagradas escrituras, os princípios cristãos, procedem do oriente.

Relacionamentos sadios e duradouros citados nas sagradas escrituras, têm sempre como base o termo aliança. Não existe relacionamento duradouro, sem aliança.

Talvez seja um pouco complicado para nós vivermos um principio oriental, numa cultura ocidental. Onde tudo e todos são conduzidos a comprometimentos contratuais: Faça sua parte que eu faço a minha!

Somente o Espírito Santo pode nos conduzir a uma revelação, da profundidade e riqueza do viver aliançado.

A maioria de nós tem pensado que aliança seja algum tipo de acordo envolvendo duas ou mais pessoas em relação de reciprocidade bilateral com deveres de contraprestação. Essa idéia nos remete para o campo dos negócios, nos afastando do domínio do relacionamento ético-moral inerente à natureza divina.

Aliança não é o resultado dos termos de um acordo ou contrato; pelo contrario; é uma motivação subjetiva que nasce no “homem” interior, que pode ou não ser reduzida a termos ou estipulações objetivas; isto é, pode ou não ser convertida em palavras.

A aliança surge no íntimo da pessoa, a qual passa a ter uma disposição espiritual para dedicar-se à causa ou interesse de alguém. Isso não é uma proposta de contraprestação de gentilezas, lealdade ou serviços. É uma disposição unilateral.

Quando há uma declaração dos termos de uma aliança, não é para fazer o aliançado obrigado a cumprir uma mera letra (contrato), é antes, uma palavra de afirmação, com o fim de trazer à memória o que está no coração; e, por outro lado, trazer segurança e conforto para a outra parte.

Nossa cultura ocidental, não tendo uma forte tradição relativa ao princípio da aliança, limita em muito nossa compreensão do mesmo.

Para maior clareza, e, melhor percepção do significado de aliança, é importante que nos reportemos às tradições e costumes primitivos de outras culturas.

 

1.1. A FAMILIA E O SENTIMENTO RELIGIOSO PRIMITIVO

Todo ser humano, desde que foi criado à imagem e semelhança de Deus, conserva o sentimento religioso, ou seja, uma forte inclinação para a divindade. Como demonstrações desse fato têm várias passagens na Bíblia e fora dela. O salmista demonstra sua busca de Deus, ao exclamar, “minha alma tem sede de Deus”.

Esse sentimento é a impulsão que move a alma humana em busca do ser superior através do culto. Esse sentimento é o que chamamos religião. Religião vem do latim, “relegere”, que é o verbo “religare”, que exprime a ação de “ligar de novo”. No caso em estudo o verbo é usado para indicar a religião entre o ser humano e o criador.

O exercício da religião teve como palco a mais antiga instituição, o lar; e teve como sacerdote, o seu provedor, o pai de família. É fácil concluir que o lar precedeu o templo, e que o pai de família foi o seu primeiro sacerdote.

Sacrifícios espirituais para a família eram, portanto, oferecidos dentro das casas, ou na entrada delas, à porta principal.

Até hoje, na Síria e Egito, quando um hóspede deve ser honrado com boas-vindas à casa de alguém, o dono da casa sacrifica um animal e deixa o sangue espalhar sobre o baldrame da porta. Esse ritual é o meio de “adotar” o visitante ou fazer com ele uma aliança.

Essa cerimônia de aliança de sangue sempre inclui um apelo à proteção da divindade para ratificar a aliança entre as duas partes e o deus deles. Enquanto o visitante está fora da casa, o anfitrião toma o animal, um cordeiro, por exemplo, amarra suas patas e coloca-o sobre o baldrame da porta.

Apoiando seu joelho esquerdo sobre a vítima imobilizada, o dono da casa sustenta sua cabeça com a mão esquerda, enquanto que com a direita corta-lhe a garganta. Mantém-se firme sobre o animal até certificar-se que todo o sangue saiu e escorreu sobre o baldrame da porta.

Após isso a vítima é removida, e então, o visitante anda por cima do sangue e cruza a porta; e com esse ato, torna-se membro da família através da aliança de sangue.

Diversos animais podiam ser usados para o sacrifício. Cabritos, pombos, novilhos, etc.

Uma estória é comumente contada na síria, de um homem que estava esperando pela chegada de um ilustre visitante. O anfitrião era um homem de bom coração e queria dar provas de sua lealdade. Ele tinha um cavalo muito caro e famoso em todo o Oriente. Enviou seu cavalo ao encontro do amigo visitante para que pudesse trazê-lo até sua casa.

Quando o ilustre visitante chegou e desceu do animal, teceu raros elogios sobre o nobre cavalo. Nesse ponto o anfitrião conduz o cavalo até a porta da casa, corta sua garganta e deixa seu sangue escorrer por sobre o baldrame da porta, e convida seu visitante a entrar, andando sobre o sangue da sua caríssima vítima, em aceitação da aliança.

Atravessar o baldrame coberto de sangue, ou entrar na casa, era em si mesmo, um ato de aliança implícita, com os moradores da casa, e o visitante ficará sujeito as normas e leis daquela casa.

Outro exemplo que poderíamos citar é um costume também oriental, em que todos aqueles que estão dentro da casa de alguém, automaticamente estão sob proteção do dono daquela casa.

Vemos isso claramente na história de Ló, quando este alega que os visitantes estavam sob a proteção do seu teto “… tenho duas filhas virgens, eu vo-las trarei; tratai-as como vos parecer, porém nada façais a estes homens, porquanto se acham sobre a proteção de meu teto” (Gn 19:1-8).  A mesma situação viveu um Levita e sua concubina, verifique o livro de Juízes 19:12-25 “… já que o homem está em minha casa, não façais tal loucura. Minha filha virgem e a concubina dele trarei para fora…”

Ló, embora tivesse “estendido suas tendas” até chegar a Sodoma, ainda guardava princípios aprendidos na convivência com Abraão: O conceito de aliança profundamente arraigado na maneira de viver.

A história nos relata que mesmo salvo pela Aliança de Deus com Abraão, Ló experimentou a conseqüência de sua decisão de ir para Sodoma conviver com quem não deveria: O nascimento de seus filhos Moabe e Ben-Ami, fruto do incesto com suas filhas. Sendo eles a origem dos moabitas e os amonitas. Como exemplo relataremos um pouco sobre os Moabitas. (Gn 19:37, 38)

Os Moabitas e os Amonitas tinham um parentesco distante com os Israelitas, uma vez que Ló, o pai de Moabe, era sobrinho de Abraão.

Quando os israelitas chegaram à fronteira sul de Moabe, pediram permissão para atravessarem o país, mas o pedido foi recusado (Jz 11:17).

Uma vez que os edomitas, os moabitas e os amonitas eram aparentados com os israelitas, não foi permitido a Moisés atacar ou tomar qualquer parte do país destes povos (Dt 2:4, 5, 9, 19).

Contudo, Balaque, o rei de Moabe, ficou alarmado quando os israelitas conquistaram o território do rei Seom, tornando-se, deste modo, vizinhos de Moabe, a norte.

Temendo não conseguir vencê-los pela força das armas, contratou Balaão, esperando enfraquecer os hebreus através de maldições. Por intervenção divina, as maldições transformaram-se em bênçãos.

As moabitas seduziram os israelitas para a idolatria e licenciosidade (Nm 25). Por causa disso, os moabitas foram excluídos da congregação de Israel até a 10ª geração e foi dito a Israel que se mantivesse longe deles (Dt 23:3-6; Nm 13:1, 2).

A religião moabita era politeísta. O deus principal era Camós (Jr 48:13). Em Números 25:3 e noutras passagens, Baal de Peor é mencionado provavelmente como uma deidade moabita local. Em 2 Rs 3:27 confirma que os moabitas ofereciam, ocasionalmente, aos seus deuses alguns sacrifícios humanos.

Notem! Isto tudo são conseqüências do pecado odioso das filhas de Ló.  Onde foi que elas aprenderam tão grande loucura? A resposta todos nós já sabemos: no período de convivência com os sodomitas.

1.2. ALIANÇA – UM ASSUNTO SÉRIO

O relacionamento de Deus conosco é baseado em aliança. No Salmo 89:34, Ele nos garante sua fidelidade “Não violarei minha aliança nem modificarei o que meus lábios proferiram”, no 111 o salmista se alegra em dizer sobre este conforto no relacionamento, “lembrar-se-á sempre da sua aliança” (5). Temos ainda outra confirmação através do profeta Isaías:

“Os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o Senhor, que se compadece de ti” (Is 54:10).

 

O apóstolo Paulo em sua 2ª carta a Timóteo (1:12), afirma que não se envergonha do seu momentâneo sofrimento, porque ele sabia em quem estava crendo e estava certo de que Deus é poderoso para guardar o seu deposito (fé) até aquele Dia. O dia em que todos haverão de prestar contas a Ele.

Deus é fiel, ainda que o homem não seja. Ele é quem nos capacita a cumprir as alianças.

Paulo em sua 2ª carta a igreja de Corinto (3:4-6) orienta aos irmãos sobre isto.

“E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito, porque a letra mata, mas o espírito vivifica”.

 

No capitulo nove do livro de Josué, após a destruição das cidades Jericó e Ai, temos o relato de como os gibeonitas criaram um estratagema para se achegarem ao povo de Deus sem serem destruídos.

Deus havia avisado varias vezes (Ex 23:32; 34:12; Dt 7:2) para que não fizessem alianças com o povo da terra que iria ser conquistada.

Então, fingindo serem embaixadores, pediram para fazer aliança com o povo de Deus. (Js 9:3-11).  Os israelitas não pediram conselho ao Senhor (14), e tiveram que manter a aliança firmada (19-27).

Logo depois os gibeonitas foram atacados por cinco reis, e pediram ajuda a Josué, que teve de ir à guerra para proteger os parceiros de aliança. (Js 10:6-8)

 

1.3. QUEBRA DE ALIANÇA

Houve em dias de Davi, uma escassez de alimentos por três anos consecutivos. Davi consultou ao Senhor, a respeito disso, descobrindo que a causa tinha sido uma quebra de aliança. Saul, cheio de boas intenções, havia ordenado a morte dos gibeonitas.

“… Há culpa de sangue sobre Saul e sobre sua casa, porque ele matou os gibeonitas. …Os gibeonitas não eram dos filhos de Israel, mas do resto dos amorreus; e os filhos de Israel lhes tinham jurado poupá-los, porém Saul procurou destruí-los no seu zelo (grifo meu) pelos filhos de Israel e de Judá” (2 Sm 21:1,2).

 

A solução foi permitir aos gibeonitas solicitar vingança. (5,6). “…Depois dito, Deus se tornou favorável para com a terra” (14)

“Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras” (Ec 5:4,5).

 

À vista da seriedade do significado da palavra aliança, temos um bom momento para revermos nossos relacionamentos. A aliança não pode ser banalizada, a ponto de qualquer tipo relacionamento, por mais efêmero que seja, venha a ser tratado como uma aliança.  Aliança é assunto sério.

 

 

1.4. VIVENDO EM ALIANÇA

“Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos. Farei com eles aliança eterna, segundo o qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim. Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem; plantá-lo-ei firmemente nesta terra, de todo o meu coração e de toda a minha alma” (Jr 32:38-41).

 

Ao meditarmos nestas palavras de Deus, ficamos tocados pela grandiosidade, pela fidelidade, pelo amor refletido em Suas promessas.

Não foram palavras vãs, lançadas ao acaso, elas tinham um destino: A minha vida, a sua vida! O mundo inteiro irá ouvir, e também poderá ser alcançado nesta promessa.

Aliança faz parte do caráter de Deus. Ele é o nosso Jeová Hessed, que nos deixa tranqüilos quanto à sua fidelidade e bondade, para fazer, para cumprir e para nos ajudar a sermos fiéis na aliança com Ele.

Em Gênesis 1:26,27 vemos que Deus nos fez à sua imagem e semelhança. Assim como Deus, o homem é dotado de atributos morais que o distinguem, e reforçam esta semelhança:

Consciência própria – o homem é capaz de conhecer-se a si próprio;

Razão – O homem tem a capacidade de raciocinar, aplicar princípios da lógica, da análise, síntese, antítese etc.;

Princípio moral – O homem é capaz de fazer distinção entre o certo e o errado, entre o bem e o mal;

Natureza religiosa – Todo homem reconhece a existência de um ser superior;

Sociabilidade – O homem não foi feito para viver só. “Não e bom que o homem esteja só”.

O homem, portanto, também herdou a característica de Jeová Hessed. Ressaltamos que o homem não ajuda Deus a cumprir suas promessas. Deus é perfeito, nós não somos. Ele é quem nos habilita a cumprirmos a aliança.

Após o pecado de Adão, inúmeras foram as perdas para o homem. O seu caráter já não era à imagem e semelhança do seu criador. Os relacionamentos do homem com Deus e outras pessoas passou de aliança (nascida no coração) para meros contratos (formalizados na razão/intelecto), o homem para garantir sua fidelidade nas alianças, passou a fazer promessas e juramentos, exigindo garantias.

Surgiram os contratos para dar força de lei no cumprimento da palavra dada. Como esses juramentos são formalizados no intelecto, não é difícil achar brechas para quebra deles.

Aliança nasce no coração. O aliançado sempre está motivado a prestar benefícios ao parceiro da aliança. Imaginem então se Deus fosse nos considerar, pelo nosso desempenho na aliança.

Seria nossa boa participação nesse trato que o motiva a continuar aliançado conosco?

Quando os cristãos da antigüidade estavam sob forte perseguição, vivendo escondidos e camuflados; o reconhecimento entre eles era formalizado através de um sinal específico: o desenho do peixe.

Ao encontro de duas pessoas, uma delas tomava a iniciativa de desenhar no chão um traço curvilíneo, se o outro fosse cristão, completaria aquele traço formando um peixe.

Deus é fiel para cumprir sua aliança com seu povo, o seu traço, o seu desenho, está sempre pronto, somente aguardando que o homem complete a sua parte do peixe.

Deus é benevolente para ajudar seu povo a cumprir a aliança com Ele.

Ele é o Jeová Hessed, que através de Cristo Jesus nos resgatou, habilitando-nos e tornando-nos ministros desta nova aliança.

Aprendemos com Ele sobre relacionamentos de alianças. Ele é o nosso exemplo, o nosso modelo: Ele, o pai; nós, os filhos.

Aprendemos que aliança é uma disposição no íntimo da pessoa, levando-a a dedicar-se à causa ou interesse de outros.

Esta disposição nascida no coração pode ser exemplificada nas palavras do Senhor Jesus acerca da ansiosa solicitude pela vida em Mateus 6:25-34.

Neste texto o que fica mais impresso em nossas vidas é a certeza de que Deus tem uma aliança conosco, Ele é o nosso provisionador, nosso protetor, Deus é nosso pai!


Publicado por Pr. Wilson

cumprindo a carreira que me foi proposta

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