
Os últimos anos tem sido marcados por tremendos avanços em muitas áreas da vida. Tecnologia nas áreas químicas; médicas; social; jurídica; tem revolucionado o mundo inteiro. O desenvolvimento do conhecimento tem beneficiado enormemente a humanidade. Entretanto, um imenso problema permanece: o comportamento e a conduta do ser humano.
Por toda parte ouve-se gritos por socorro. O número dos que sofrem nas áreas de conduta e relacionamentos cresce assustadoramente no mundo inteiro. Os profissionais das áreas psicossomáticas ocupam cada vez mais papéis importantes na sociedade.
Na Europa há uma avalanche de pessoas deprimidas, especialmente as mulheres – mães, donas de casas; executivas, profissionais liberais. Há muita dor e tristeza.
A África não sabe o que fazer com as crianças desorientadas – os bewildereds;
No oriente há uma crise de jovens atormentados; sem referencia familiar, sem destino e sem Deus.
Nos Estados Unidos as autoridades não tem solução para a onda de suicídios, homicídios e chacinas entre os jovens escolares.
No Brasil as prisões e os SOS crianças, lotados.
Os lares desintegrados por todo o mundo. Acidentes nas rodovias, mortes prematuras. O desafio das drogas.
O que fazer?
De onde vêm tantos males e tanto sofrimento?
Todos esses males e sofrimentos são por causa dos desajustes da pessoa humana na sociedade.
Os pastores, os profissionais da conduta humana estão enfrentando o maior desafio de todos os tempos: como auxiliar eficazmente no ajuste e equilíbrio da humanidade. O principal problema do ser humano é ele mesmo.
Não podemos dizer que o ser humano foi criado ruim e para viver um estilo de vida tão pobre e sofrido.
No Salmo 139:14 declara o salmista;
“Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste…”
Deus nos fez bons e no inicio não havia condutas impróprias e desarmônicas. Havia paz, segurança e prazer de viver.
Mais tarde começaram os desvios de conduta e de comportamento, por causa da desobediência dos nossos primeiros pais.
A humanidade desviou-se da verdadeira fonte de segurança, de identidade e destino. Passou a satisfazer-se não no criador, mas nas coisas criadas por ele. O mau uso das coisas e condutas desastrosas aumenta cada vez mais.
Logo após o dilúvio, a família de Noé teve seu primeiro desastre; o primeiro passo na desintegração familiar e na atração de maldições geracionais.
Em Gênesis 9:20-25 temos o triste relato:
“Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda. Cam pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos. Então Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na sobre os próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do pai, sem que a vissem. Despertado Noé do vinho, soube o que lhe fizera o filho mais moço e disse: maldito seja Canaã…”
Que tragédia! Um pai amaldiçoando um filho, o caçula, por uma razão que ele mesmo provocou.
Tudo começou com o primeiro gole de vinho que Noé tomou.
O vinho continua até hoje sendo a causa de grande parte do sofrimento da humanidade, vejamos algumas referencias bíblicas ao vinho – vinho é uma forma genérica de referir-se à bebida alcoólica. (Os 4:11; Is 5:11,12; Pv. 20:1; 23:29-35).
Oséias 4:11 “A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento”.
Aqui o profeta Oséias apresenta uma correlação de causalidade de três elementos que roubam a sobriedade.
Os elementos são:
- A sensualidade
- O vinho
- O mosto
Todos, igualmente, tiram o entendimento. Há uma correlação entre eles. Esses três elementos. Eles tornam suas vitimas cegas. O pastor Creag Hill costuma dizer que a paixão sensual é cega, muda e burra.
Como pode ser causado esse estado de espírito de loucura, ou insensatez nas pessoas? Os antigos povos latinos diziam: “Venus est in vino”.
Sexo ilícito e vinho andam juntos.
Em provérbios 20:1 diz:
“O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora, todo aquele que por eles é vencido não é sábio”.
Como pode o vinho escarnecer e alvoroçar uma família? Já vimos o exemplo péssimo de Noé; agora vamos analisar, ainda que de forma bem leiga, os efeitos do álcool na conduta de uma pessoa, em seus estágios. Ilustramos na figura de três animais: o macaco, o leão e o porco.
Os antigos Romanos classificavam os efeitos do álcool na conduta de uma pessoa em três estágios, a saber:
1- A fase do Macaco – apenas um copo de vinho é o suficiente para alterar a conduta e o comportamento da pessoa.
Se tímida, a pessoa passa a ser muito mais ousada; fica faladeira, esperta; comunicativa; otimista; de pobre torna-se milionária; fica sabidona; seu senso de polícia social é liberado; senta na mesa; cumprimenta todo mundo; canta – nos dois sentidos – perde o pudor; torna-se “dona do pedaço”.
Tudo isso parece muito bom. Parece que não há nada de errado. É por isso que muitos bebem socialmente; para ficarem livres da timidez. Tudo isso é apenas o prefácio de uma história muito triste.
2- A fase do Leão – Continuando a beber, a pessoa assume uma condição mais séria. A fase do Leão, o homem valente. Aqui ele perde o senso critico, seu julgamento é falseado. Vê a esposa se arrumando para sair às compras, ao trabalho, à igreja, e então conclui, erroneamente, que ela irá traí-lo. Fica cheio de “honra” e de valentia. Pratica as sevícias, ou espancamento dos seus familiares; o ciúme o domina; a fúria, e o delírio persecutório começam a tomar conta dele.
É nessa fase que ocorrem os crimes mais bárbaros. Não há noção de limites; os valores são todos alterados.
“O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora”
3- A fase do Porco – continuando no processo, o alcoolista chega ao ponto da mais vil degradação moral. É a fase do porco; caracterizada pela perda total ou parcial dos reflexos vitais. Não há noção de nada. Não há controle dos esfíncteres; vômitos, urina; etc.; tudo fica liberado, descontrolado.
É a total humilhação. A imagem de Deus na mais vil e vergonhosa condição.
Perda dos sentidos, delírios persecutórios – sensações de que monstros estão se aproximando; os montes vão cair sobre si; o navio vai afundar; um mal estar horrível. Pode ocorrer até o óbito.
Agora vamos ver outra passagem bíblica:
“Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para que, as rixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho. Para os que andam buscando bebida misturada” (Pv 23:29,30)
Nestes dois versos nós encontramos as várias conseqüências danosas do álcool:
– Ais -> é o grito dos familiares que perderam um ente querido num acidente de automóvel – causa = bebida;
– Pesares -> é a lamentação da família que tem que cuidar de um paraplégico para o resto da vida – causa = alcoolizado, colidiu a canoa em uma rocha no rio Araguaia;
– Rixas -> são as malquerenças entre a família do alcoolista e outros familiares ou vizinhos – causa = ninguém suporta mais a chateação daquele “bêbado nojento”;
– Feridas -> são as marcas mais profundas no cônjuge, nos filhos, nos pais, de ódio; de amargura – causa = o alcoolista vive ofendendo a todos, há anos, sem contar os seus próprios sofrimentos físicos, morais e afetivos;
– Olhos vermelhos -> são as amostras da vergonha e da desmoralização. Não há como ocultar-se.
Por isso é que o texto de provérbios continua dizendo:
“Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco. Os teus olhos verão cousas esquisitas, e o teu coração falará perversidades. Serás como o que se deita no alto do mastro e dirás: espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; Quando despertarei? Então, tornarei a beber” (Pv. 23:31-35)
As conseqüências do álcool são como a mordida de uma cobra. Sofrimento sem alívio. O único alívio, após a síndrome de abstinência, é beber de novo.
“O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora”.
O vinho escarnece do Senhor. Falando do ambiente da casa daqueles que bebem, Isaías diz:
“Liras e Harpas, tamborins e flautas e vinhos há nos seus banquetes: porém não consideram os feitos do Senhor, nem olham para as obras das suas mãos” (5:12)
“Todo aquele que por ele é vencido não é sábio” (Pv 20:1b)
“Não olhes para o vinho” (Pv. 23:31)
. O álcool não torna as pessoas capazes de fazer melhor o que deve ser feito. Ele as torna menos envergonhadas de fazê-lo incorretamente.
· O álcool jamais afoga as mágoas; somente as irriga.
· O vinho é um vira-casaca: primeiro um amigo, depois um impostor e, por fim, um inimigo.
· Tenho uma utilidade melhor para meu cérebro do que envenená-lo com álcool. Colocar álcool no cérebro humano é como colocar areia nas engrenagens de um motor. (Thomas Edison).
· Uísque é uma boa coisa no seu devido lugar. Não há nada melhor para preservar um corpo depois de morto. Se você quer preservar o corpo de um homem morto, coloque-o no uísque; se quer matar um homem vivo, coloque uísque nele. (Thomas Guthrie).
· Nenhuma outra droga conhecida pelo homem é mais amplamente usada nem mais freqüentemente responsável por mortes, ferimentos ou crimes do que a bebida alcoólica. (S. I. McMillen).
· O vinho tem afogado mais pessoas do que o mar. (Publilius Syrius)
Embora possamos encontrar algumas boas alusões ao vinho, nossa posição é a de total afastamento dele, pelas obvias razões:
- Toda droga cria dependência física e psíquica;
- O álcool é droga;
- Todo alcoolista (dependente) começou apenas com o 1º gole;
- Quem bebe pouco, bebe muito; quem não tomar o 1º gole não tomara nada;
- Bebida alcoólica não é essencial; não me faz falta alguma;
- Somos sacerdotes do Senhor – todos – ao sacerdote não é lícito beber bebida forte;
- Outros podem até poder beber; eu não posso.
Obs.; Objeção –
Paulo recomendou a Timóteo que não bebesse somente água, mas também um pouco de vinho.
Resposta: Se você tem algum problema com o seu estomago, procure um bom gastroenterologista.
Tratamento
Ainda que tratamento médico e psicológico sejam muito importantes no tratamento da pessoa dependente do álcool, o passo mais fundamental é a conversão ao Senhor Jesus e a libertação pelo poder do Espírito Santo.
“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef.5:18).
“O mundo bebe para esquecer; os discípulos bebem para lembrar”
Pr. Iran Bernardes / 1997
Querido Pastor,
Muito bem vindo o artigo, gostaria de comentar que o álcool é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central. Não é liberadora, pelo contrário é depressora, no primeiro período deprime no cérebro o crivo do senso crítico consciente, o indivíduo fica euforico e desinibido, em um segundo período deprime o cérebro descontrolando a coordenação motora, o sentido dos valores e dos sentimentos, o indivíduo responde com mudanças comportamentais inadequadas.
O alcoolismo é doença crônica, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde-OMS. Levantando como consequências da doença:
– Instabilidade emocional
– Perda da capacidade de julgamento e autocontrole
– Desestabiliza a coordenação motora e a memória
– Tremores, sudorese intensa e retenção de liquido
– Certo grau de obnubilação da consciência, alucinações, paranóia ou psicose
– Impotência sexual
– Infeccões do pulmão
– Descontrole dos esfíncters
– Pancreatite
– Cirrose hepática
O alcoólatra (dependente) inserido na família, causa o adoecer da família que passa por dores físicas e emocionais, angustia, medo, raiva, ressentimento, promessas não cumpridas, sonhos desfeitos, noites insones, decepções. A família se torna co-dependente, por tudo que adquiriu ou que perdeu ao longo do processo.
Importantíssimo observar que na Bíblia Sagrada em Êxodo 15:26 temos a ação própria de Deus “pois eu sou o Senhor, que te sara ”
Deus que sara todas as doenças, Deus que cura todas as enfermidades, Deus que perdoa todos os pecados e Deus que salva.
Não se encontra na Bíblia uma relação das doenças que Deus sara, porque a Bíblia diz do Deus que te sara, crê no Senhor Jesus e será salvo tu e tua casa. At. 16:31
Tratamento
“Ainda que o tratamento médico e psicológico sejam muito importantes no tratamento do dependente do álcool, o passo mais fundamental é a conversão ao Senhor Jesus e a libertação pelo poder do Espírito Santo.”
Pastor Iran
É preciso fazer saber ao mundo que Deus sara, Deus cura e Deus salva o homem.
Abraços.
Telma Sandra