Tentarei compartilhar o tema à luz da palavra de Deus e, na certeza que nessa noite, Jesus deseja nos capacitar e nos restituir a alegria da salvação e o entusiasmo extravagante do primeiro amor. A isso incluem a cura dos relacionamentos em todas as dimensões, em especial na vida familiar.
Sabemos que nenhuma cura emocional acontece por osmose, (sem esforço) mas, quando aplicamos a Palavra de Deus em nosso dia-a-dia.
2 Pedro 1:3-9; Lembra que Deus é nossa fonte. Foi Ele quem nos deu tudo que precisamos para viver uma vida vitoriosa e participarmos de sua natureza divina. A osmose fica fora, pois, exigirá esforço para acrescentar à nossa fé; o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a bondade e o amor, sendo esse último o mais significativo para Deus e para nós mesmos. Se cultivarmos essas qualidades em medida crescente, elas irão aplainar nossa caminhada e apoiar nosso relacionamento com o Senhor Jesus e com as pessoas.
Se nos faltar o fruto do Espírito padeceremos da miopia espiritual e podemos não enxergar o caminho proposto, nos distanciando do alvo a ser atingindo.
Gálatas 5:22 – Revela sete virtudes Cristãs: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade” I Cor 13 – nos adverte: “Se não tiver amor, de nada aproveitará nossas obras.”
Ora, o amor é vínculo da perfeição. Em Gál 5 e I Cor 13, o amor é a primeira virtude do fruto do Espírito citada por Paulo, as demais são decorrentes dele. Somos desafiados a desenvolver nossa fé até atingirmos a maturidade espiritual (o amor = estatura do varão perfeito). A família é o ambiente adequado para esse processo.
Agora falo de mim mesmo e de minhas observações: Uma das características mais poderosas para acelerar o processo de maturidade espiritual e emocional é o fato de nos colocarmos de baixo da autoridade de Jesus e daqueles que foram chamados para estarem ao nosso lado “Pais, Pastores e Líderes de forma geral”. Nessa condição (a de liderados), esse processo (O fruto do Espírito) acontece quase que naturalmente, pelo simples fato de nos submeter às autoridades. Essa postura implica na forma como somos percebidos; maduros ou neófitos – meninos na fé. Submeter é atitude própria de quem já está caminhando sob a direção do amor de Deus.
Nos relacionamos em diversas dimensões, dentre elas iremos considerar as relações familiares.
E o tema sugere a compreensão básica de duas naturezas, quais sejam:
1 – Humana = caida; onde reside a inteligência emocional que é a capacidade de percebermos, controlarmos e avaliarmos nossas atitudes e emoções. Podemos aceitá-la como característica inata ou mutável ao longo dos anos
2 – Espiritual = restaurada; diz respeito às coisas que são próprias do Espírito as quais nos permitem atingir a maturidade espiritual e emocional, O AMOR..!
Preocupado com essas duas naturezas, humana e espiritual, Jesus se apresenta como aquele que pagou alto preço em favor dos relacionamentos a ponto de dar sua vida para nos reconciliar com Deus e enviou o Espírito Santo para nos capacitar a viver uma vida de comunhão.
Mateus 22: 34 a 40 – Ame o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu espírito; é o primeiro e o maior mandamento. O segundo é semelhante: Ame a teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas estão contidos nestes dois mandamentos.
Esses dois mandamentos têm um ambiente propício para se estabelecer e desenvolver; onde será? No seio da família! Dentre todas as coisas criadas por Deus a família reveste-se de maior significado. Ela representa o alvo do amor de Deus e a base sólida onde toda organização social se apóia.
Onde a família se mostrou forte, floresceu uma sociedade forte. Onde ela se revelou frágil, instalou-se a decadência social (Atinge as Igrejas?).
Por analogia podemos entender que, se a base de uma construção estiver comprometida toda a edificação poderá entrar em ruínas. Desmoronar..!
A família é a fundação e os pilares que sustentam a sociedade e é o ambiente onde a vida se desenvolve de forma saudável. Sim ou não?
No seio da família está a origem dos hábitos, inclinações e sentimentos que têm o poder de decidir o futuro de nossos filhos e até mesmo de uma nação. Não obstante sofre influências externas de toda sorte e podem se configurar em potenciais fatores de riscos. Logo, patrulhar a cerca de proteção torna-se imperativo para todos nós, pais e filhos. (Os filhos são proteções dos pais).
SL 127:5, Bem – aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta. Os filhos protegem seus pais dos ataques dos estranhos.
A família tem forte função social, quando ela se preocupa no preparo de seus membros para servirem a sociedade, preservando valores e princípios morais que, a cada dia, são mais raros de serem vividos e notados.
A paternidade continuará sendo, a forma criativa encontrada por Deus para garantir o desenvolvimento sustentável da sociedade, onde eu, você e nossos filhos estão inseridos. Cabe reflexão sobre os papeis de todos nós!
Os pais são os facilitadores desse processo, mas, podem estar intimidados por seus filhos. A aplicação e aceitação da autoridade dos pais e a submissão de nossos filhos estão adormecidas e isso é uma ameaça.
Quando falta liderança sobra desordem e a colheita pode ser carregada de frutos e sementes indesejáveis, surpreendentes e até irreparáveis nas gerações futuras.
No colo da mãe, forma-se o que há de mais precioso para Deus e para a sociedade – Homens ao Máximo e a Mulheres Únicas. Pessoas raras que fazem a diferença em sua geração. Não se trata de uma tarefa simples, antes demanda dedicação e forte comprometimento por parte das mamães.
A ausência do pai é danosa, abre portas e janelas e cortinas para os ataques de satanás na vida dos filhos e esposa. Onde estava Adão quando Eva foi enganada? Estava distante e houve danos para toda humanidade pela falta da proteção de Adão e pela incapacidade de julgamento de Eva.
Quando o pai é ausenta ou indiferente “têm o coração duro e insensível” a transmissão da identidade e destino, intencionados por Deus, perdeu seu agente transmissor e os filhos, já não são lançados para os alvos, mas, estão caindo das aljavas e ficando pelo caminho tornando-se presas fáceis.
Temos vivido dias em que o calor afetivo dos lares se perdeu e o ambiente se tornou frio e os corações estão congelados. Jesus deseja restaurar e reaquecer nossas relações rompendo barreiras e nos tirando das cadeias que nos separam do amor e da vida intencionada por Deus.
Basta um olhar mais atento à nossa volta e teremos a nítida percepção da crise que assola as famílias. Isso inclui a minha, e a sua família?
Há um segredo para o sucesso familiar, o cumprimento de princípios, valores e verdades apresentadas no amor de Deus.
“A nossa comunhão (relacionamento) deve ser primeiramente com o Pai e isso deve ser prioridade absoluta em nossas vidas.” Pr. Bruce Colson – 10/10/2010.
1 João 1:7 – Se, porém, andarmos na luz, como na luz Ele está, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo o pecado. Quando nos relacionamos bem com as pessoas elas percebem que temos comunhão com o Pai. Ao contrário, se elas não perceberem isso em nós, nossa pregação e nosso cristianismo serão vazios e o projeto da salvação poderá sofrer danos, mas nunca frustrado.
Se nos conformarmos com a “sabedoria humana” aceitaremos com facilidade as doenças emocionais e nos esqueceremos que o amor de Deus deseja tratar todas essas anomalias e feridas instaladas em cada um de nós e isso inclui aqueles nos que foram confiados para cuidar. (……………………..)
Salmo 133 “Como é bom e agradável que o povo de Deus viva em união é como o óleo perfumado sobre a cabeça de Arão, que desce por suas barbas e pela gola do seu manto sacerdotal. É como o orvalho do monte Hermom, que cai sobre os montes de Sião. Ali o SENHOR ordena sua bênção e a vida para sempre.” Linguagem de Hoje.
O óleo significa entre outras coisas, o agente facilitador dos movimentos que devemos fazer em direção ao amor de Deus e às pessoas que nos feriram.
Sabemos que a transição do leite para o alimento sólido deveria ser algo natural para os cristãos, mas, encontra inúmeras dificuldades dentre elas, a capacidade de nos relacionarmos em “amor desinteressado do benefício próprio”. Não é fácil viver esse modelo de amor que procura o bem do outro.
Por falar relacionamentos e amor, quais pessoas ferimos ou nos feriram nesses últimos dias ou mesmo antes de sairmos de casa?
As feridas podem estar expostas e causando grandes males! E isso declara que algo não esteve bem e precisa ser tratado. Ora, se amar o próximo é o maior testemunho de nosso amor por Deus, então porque continuamos ferindo uns aos outros? Onde está o amor que testifica que somos filhos de Deus? Essa pergunta é primeiramente dirigida só prá mim, mesmo!
1 João 2: 9. Aquele que diz estar na luz e não ama seu irmão, está em trevas e o amor do Pai não está nele! Onde está Jesus em minha vida?
Mateus 5:19 “Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.” DECLARAÇÕES FORTES E DESAFIADORAS..!
Como está nosso coração diante do que temos apresentado até agora? Inquieto? Endurecido? Adormecido? Indiferente? Ansioso?
Se ele está desejoso por reparos e mudanças, isso será possível quando as necessidades de mudanças forem maiores que nossas resistências.
EQUILÍBRILIBRANDO RELACIONAMENTOS A LUZ DA PALAVRA:
Efésios 6:1-3 “Vós, filhos, sede obedientes aos vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra o teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e seja longa sua vida sobre a terra.” O desejo mais evidente no coração humano é a longevidade e aí está o segredo para quem deseja uma viva longa e abundante!
Mateus 15.4, “Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte” Nossos jovens estão no meio de uma geração ameaçadora e rebelde, que maldizem e se levantam contra seus pais. Satanás aproveita essas brechas para aniquilá-los e comprometer as gerações e com ela, o futuro das nações.
Efésios 6:4 “Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos.
Provérbios 22:6 diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Notem que esse verso conta com um mandamento “ensina” e uma promessa “não se desviará dele”.
É papel de cada um de nós (Sacerdote e Radar) e da igreja, enquanto organismo vivo é o neutralizar os ataques e motivações carnais que não têm origem na vida que Deus intencionou para nossa família.
Observem que as leoas arranham seus filhotes quando os acariciam, mas, a proteção e o alimento são certos, ainda que isso lhes custe à própria vida.
O que falar desse cuidado (instinto de amor) que oferece carinho, proteção, sustento e que por vezes arranha e machuca?
Cabe uma pergunta: Abriremos mão dos princípios e valores bíblicos em favor da simpatia de nossos filhos, ou os protegeremos quando se fizer necessário, ainda que isso nos custe à incompreensão, a frieza por parte deles e até o abandono?
A aplicação dos princípios e valores e as virtudes domésticas regulam e sustentam as relações familiares. “Nossos filhos podem fechar seus ouvidos aos nossos conselhos, mas, abrirão seus olhos aos nossos exemplos.” Pais, somos exemplos do coração de Deus. Filhos, vocês são nossas heranças e nossa alegria. Complementamos-nos mutuamente e, foi assim que Deus planejou a família.
João 14:15, 23 diz: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a Ele, e faremos nele morada.”
O QUE PROVOCA RUPTURAS NA AFETIVIDADE FAMÍLIAR?
As causas mais comuns: Rejeição, Discórdia e Indiferença, entre outras.
Hoje iremos fechar nossa palavra considerando a atitude REJEIÇÃO:
Sabemos que a rejeição é sentida pelos bebês quando ainda estão em formação no ventre de suas mamães e que as marcas produzidas pela rejeição podem acompanhá-los por toda sua existência. O futuro e a sorte dessas crianças, somente Deus, em sua infinita bondade, poderá mudar.
Não raro, pais rejeitam seus filhos por apresentar desvios comportamentais, ou por acharem que eles não estão de acordo com suas expectativas. Dependência exagerada ou mesmo por fazer parte de grupos sociais que não batem com sua perspectiva de futuro para a vida deles.
Filhos rejeitam seus pais por pensar que esses não os entendem ou interferem em demasia em áreas de sua vida.
Pais são rejeitados, por causa de vícios tais como; bebidas e cigarros ou por apresentar comportamentos que os envergonham ou comprometem a imagem dos filhos. O amor tudo suporta, tudo crê e tudo espera..!
Esposos e esposas que se rejeitam mutuamente. Esposo rejeita a esposa, por ver estampadas as marcas do tempo em sua fisionomia. Dizem: ela mudou muito e já não é a linda que meus olhos se apaixonaram..!
O mesmo acontece com as mulheres quando percebem que seus maridos perderam muito de seu encantamento, vigor e já não são os lindos rapazes que elas conheceram.
A idade chegou e ainda não estamos preparados, emocionalmente, para conviver com as estações da vida e o risco de rejeição e depreciação podem florescer e oferecer frutos fora do tempo..!
A rejeição (em forma de depreciação) é uma atitude cruel que têm o poder de comprometer o presente e o futuro daqueles (as) que nos foram confiados (as) e que têm todo potencial para se tornar no que Deus planejou.
Sonhos transformam-se em desapontamentos e a vida perde muito em sua essência quando somos depreciados. Com freqüência recordamos das palavras que nos limitaram e nos feriram.
Palavras de críticas transmitem identidade e destino distorcidos que não coincidem com o projeto e o sonho de Deus para cada um de nós. No lugar da rejeição, vamos inserir aceitação, amor, paciência e manter a visão de fé e confiança naquele que começou a boa obra em nós e em nossa família.
“Nossa Identidade e Destino ficam obscuros e atingir o máximo de nosso potencial, em Jesus, pode não acontecer com toda sua força.” LJC
“No amor de Deus, não há espaços para rupturas, quebra nos relacionamentos, e sim para construções de pontes que nos permitem transitar de uma margem a outra, livremente. Quando não entendemos esse amor, ficamos presos dentro de nossas gaiolas, aquelas que nós mesmos construímos ou nas quais fomos lançados.
“A aceitação tem o poder de abrir as cortinas e janelas, enquanto a rejeição cria barreiras emocionais que roubam nossa capacidade de sonhar e de realizar.” LJC
“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:1 e 2.
É hora de olharmos nossos relacionamentos e revermos nossos valores e voltarmos, como família, para as práticas do primeiro amor e das Veredas Antigas, para que se cumpra as promessas de Deus em nossos dias e nas gerações futuras.
“E ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição” (Ml 4:6). “Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as famílias de Israel, e elas serão o meu povo” (Jr 31:1).
“Deus não se limita a apresentar soluções para os impossíveis coletivos: Ele se importa com os nossos impossíveis pessoais.” Pr. Elenauro Santos, 17/10/10.
Precisamos nos movimentar, pais e filhos, e juntos lutarmos por nossas famílias. Nosso coração é o ambiente onde Deus trabalha e Ele só entra quando abrirmos as portas, janelas e cortinas e entregamos a Ele as chaves.
Há uma canção que diz: Meu duro coração me afastou de ti e um vazio tomou conta de minha alma. Peça seu milagre e permita que Jesus renove sua mente e seus valores. Ele dá um novo coração. A cruz de Jesus nos reconciliou com Deus e nos capacitou a nos relacionar como família de Deus e herdeiros com Cristo de todas as riquezas celestiais.
Vamos sondar nossos corações e pedir o milagre Deus em nossa vida familiar e relacional. Amém..!