TRABALHANDO PARA DEUS
Luka Braule
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” 1 Coríntios 10:31
“Somos todos estrelas perdidas, tentando iluminar a escuridão”. Ouvi essa frase enquanto assistia o filme “Mesmo que nada de certo”, e passei algum tempo pensando nela. A queda nos corrompeu profundamente, mas no meio de muita corrupção na alma humana ainda reside resquícios da natureza divina nos dada na criação. E como bem observado, instintivamente, temos o impulso de tentar iluminar o mundo.
O que me chamou tanto a atenção na frase é a constatação do autor quanto a nossa condição, de fato em nosso estado natural somos todos “estrelas perdidas”. E iríamos permanecer assim pelo resto de nossa existência, a menos que Deus se tornasse homem, sofresse em nosso lugar, e nos concedesse vida.
Uma vez achados por Cristo estamos prontos para brilhar, agora sim, iluminando a escuridão do mundo, não com nossa luz, mas com a luz do próprio Deus. Quando nos referirmos a ser luz do mundo não podemos esquecer de Provérbios 4:18, “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. ”.
Como o versículo nos lembra, resplandecer a luz de Cristo é um processo não um evento. E em retrospectiva, na minha vida fica claro o tanto que Deus foi cuidadoso ao me guiar em um caminho em que cada vez ficou mais claro o que significava “Ser luz do mundo”.
Nos meus primeiros passos com Cristo, pensei que iluminar o mundo significava somente ir para lugares em que o Evangelho nunca foi pregado ou em que os cristãos sofressem perseguições.
Não demorou muito para eu perceber que as trevas não se restringiam à África ou Ásia. O Brasil, mesmo sendo um país de maioria cristã, ainda sofria com a ausência de Deus. Ficou cada vez mais nítido que não era necessário ir muito longe para encontrar pessoas que necessitassem de uma palavra de Deus. A descoberta de que eu poderia ser instrumento do Espírito Santo para abençoar aqueles que estavam ao meu redor foi uma alegria enorme e um desafio gigante.
Deus separou um lugar para que pudéssemos ser aperfeiçoados para cumprir essa missão tão nobre: o corpo de Cristo. Se você se sente impelido a anunciar a Cristo, mas não está certo de como fazê-lo, na igreja temos um ambiente extremamente favorável para que você se motive e se aperfeiçoe para realizar essa tarefa tão nobre.
A medida que vamos frequentando células, encontros, celebrações vamos nos integrando melhor a esse Corpo. Os relacionamentos começam a ser forjados e nos tornamos tão próximos que começamos a sentir que fazemos parte de uma família, a igreja se torna um lugar seguro. E para mim a cereja no topo do bolo é quando começamos a trabalhar para Cristo dentro da igreja liderar célula, participar de grupos de dança, ministrar louvor, cuidar de crianças, entre uma infinidade de outras opções, são atividades extremamente gratificantes.
O que me entristecia era não poder passar mais tempo nessa atmosfera agradável gerada por Cristo em seu corpo.
A síndrome das três tendas
Cristo estava chegando na reta final de seu ministério na terra, e com objetivo de preparar seus discípulos Ele passou a falar de forma mais explicita a respeito de sua morte. Naturalmente isso gerou muito desconforto entre os apóstolos, ao ponto de Pedro advertir Jesus para que Ele tivesse mais amor próprio e parasse de anunciar coisas tão desastrosas como a Sua morte. E poucas vezes vemos Cristo ser tão duro, veja a resposta que Ele deu ao apelo de Pedro: “Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens”. Mateus 16:23.
Temos então um cenário de extrema tensão, imagine bem o clima depois de uma repreensão tão dura vinda do amoroso mestre Jesus. Nesse contexto Cristo resolve chamar seus discípulos mais próximos para o alto de um monte, para que eles juntos clamassem pelo conforto divino.
E naquele momento, de intimidade com Deus, algo extraordinário aconteceu: “Ali ele foi transfigurado diante deles. Sua face brilhou como o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz. Naquele mesmo momento apareceram diante deles Moisés e Elias, conversando com Jesus. ” Mateus 17:2,3. E depois de uma experiência tão poderosa a tensão havia se dissipado, diante de um evento tão sobrenatural os problemas e receios dos discípulos se tornaram pequenos.
Pedro maravilhado com o que acontecia ao redor fez uma proposta para Cristo: “Senhor, é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”. Mateus 17: 4. Por mais que Pedro tenha sido bem-intencionado, Jesus não considerou seu pedido e logo todos eles desceram o monte.
É impressionante como a vida de alguns cristãos é um LOOPING dessa história bíblica. E afirmo isso por experiência própria, quantas vezes eu me sentia completamente sugado por minhas atividades cotidianas, escola, faculdade, trabalho, elas me deixavam extremamente tensos. Assim como os discípulos antes de subir ao monte eu me encontrava uma pilha de nervos.
Ir à igreja era como subir ao monte, participar do louvor, ouvir a palavra ministrada na celebração e a comunhão com os irmãos recarregavam minha bateria. Como Pedro minha oração era sempre que Deus me permitisse viver somente no ambiente aconchegante da igreja, mas a resposta de Jesus sempre foi a mesma que Pedro recebeu.
Os gregos contavam uma história interessante, um rapaz chamado Sísifo enganou a Zeus, e como punição foi sentenciado a repetir uma tarefa por toda a eternidade: ele deveria empurrar uma pedra pela manhã até o topo de uma montanha, ao concluir a tarefa a pedra rolava montanha abaixo, para que no dia seguinte ele repetisse o processo de subir a pedra ao cume da montanha novamente.
Muitas vezes me senti como Sísifo, parecia que minha semana inteira eu carregava uma pedra para o cume do monte, no final de semana, quando enfim eu tinha a oportunidade de estar na igreja eu encontrava um oásis, mas logo o final de semana acabava, e a pedra rolava até a base da montanha, e de novo eu teria que empurrar a pedra até o topo.
Essa semelhança é bem incomoda, hoje eu admito que minha rotina não era muito pesada, o que a tornava tão cansativa era a quantidade de tempo absurda gasta em coisas que na minha visão eram de pouco valor. Meu sentimento era que no mínimo 70% do meu tempo era gasto em atividades de pouco significado. Enfim, o problema não era empurrar a pedra pela montanha, isso não era tão difícil, o frustrante era que eu não via muito sentido nessa tarefa.
O assustador é o que eu encontrei depois de pesquisar esse mito. Ele foi escrito pelo filósofo Albert Camus para ilustrar um “homem em busca de sentido, unidade e clareza no rosto de um mundo ininteligível desprovido de Deus e eternidade”. Como um cristão pode compartilhar a visão de mundo de um homem tão secular? Como um homem que vivia uma vida tão vazia e desesperada conseguiu descrever tão bem meu cotidiano?
A resposta bíblica para o dilema
“E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos. ” Efésios 1:9,10.
Como minha visão era limitada, não somente em relação ao mundo, mas em relação à bíblia, Deus não estava interessado somente em minhas atividades dentro da igreja, a intenção dele é que “todas as coisas, celestiais ou terrenas” testemunhem a respeito de Cristo. Portanto ao acreditar que existiam tarefas que não interessam a Deus é um equívoco, nosso objetivo nunca foi sobreviver aos períodos fora da igreja, para termos a oportunidade de servir a Deus quando enfim estamos em comunhão com nossos irmãos de fé, Deus é categórico ao afirmar que tudo que realizamos tem o propósito de glorificar a Cristo.
E dessa perspectiva o famoso versículo “O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. ” João 10:10, assume um significado bem mais amplo. Pode parecer que o versículo fala somente de doenças, morte, drogas e outras coisas que nós crentes não temos contato. É evidente que o inimigo também veio roubar o significado de nossas vidas, e destruir o valor das nossas experiências, mas Jesus veio para dar vida em abundância.
Essa história de vida “Espiritual” e vida “Secular” é um tratado de paz com o inimigo. É como se disséssemos “Veja bem, realmente minha vida fora da igreja (a vida “Secular”) é uma coisa de menor importância, então não tem problema o inimigo roubar o significado dela, mas agora minha vida dentro da igreja (a vida “Espiritual”) essa sim ele não pode roubar o significado e destruir o valor”. É como se necessitássemos abrir mão de um pedaço da nossa vida para ter outro. Isso é antibíblico, mais uma vez Deus veio para fazer convergir TODAS as coisas em Cristo.
Paulo continua a falar desse assunto aos coríntios, “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. ” 1 Coríntios 10:31. Ele nos lembra que nós não somos como o Sísifo, muito pelo contrário, ele fala que TUDO que fazemos tem um propósito bem claro: Glorificar a Deus.
Paulo tenta nos trazer à mente as coisas que nos julgamos mais insignificantes, para dizer que elas têm um profundo significado, um significado eterno, que é glorificar a Deus. Perceba que o exemplo é escolhido de forma muito cuidadosa, ele fala sobre comida, analogia muito atual, somos a geração que menos aprecia a comida. Paulo não se limita a falar da vida secular, ele escolhe algo pequeno até na vida secular, a comida, e diz que até isso deve ser feito para glória de Deus.
Idolatrar significa colocar algo acima de Deus, portanto quando assumimos a postura que fazemos, qualquer coisa, com outro objetivo que não seja o de glorificar a Deus cometemos esse pecado. Quando dizemos que estudamos somente para passar no vestibular, que passamos no vestibular somente para ter um bom emprego, e que almejamos um bom emprego somente para ter uma vida tranquila e segura, fica evidente que estamos adorando mais a nossa segurança que a Deus. Isso é idolatria.
Note que o problema não é estudar para passar no vestibular, mas o problema está na palavra SOMENTE. Paulo foi claro ao afirmar que nós temos que realizar tudo, mesmo que julguemos insignificante, em primeiro lugar para Glorificar a Deus. Então note que o discurso correto é: “eu estou estudando para glorificar a Deus e para passar no vestibular”.
O que significa glorificar a Deus?
Para muitos isso pode significar somente não colar, não desrespeitar os professores, não colocar seu nome no trabalho que você não fez. Não é difícil encontrar pessoas que pensam que isso é mais que suficiente para glorificar a Deus. Mais uma vez o problema está na palavra SOMENTE, sem dúvida isso é parte de Glorificar a Deus nos nossos estudos, mas não é somente isso, existe mais.
“Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens. Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. ” Efésios 6:5-8.
Paulo nos lembra que devemos fazer tudo para Deus, não para os homens. E existe uma palavra que deve estar ligada a tudo que oferecemos a Deus: Excelência. Nunca devemos nos contentar em fazer somente o necessário, a vida do cristão deve ser uma busca incessante em fazer as coisas sempre da melhor maneira possível, porque não estamos fazendo para homens, mas para Deus.
Davi, um rei muito querido pelo povo, decidiu construir um altar em uma terra, o dono da terra admirava tanto o seu rei que ofereceu a terra de graça, veja a resposta de Davi: “O rei Davi, porém, respondeu a Araúna: “Não! Faço questão de pagar o preço justo. Não darei ao Senhor aquilo que pertence a você, nem oferecerei um holocausto que não me custe nada”.1 Crônicas 21:24.
Precisamos seguir o exemplo de Davi, a nossa alma deve ter um apreço tão grande por nosso Salvador que ela nem sequer deve cogitar a possibilidade de oferecer algo que não nos custe nada como oferta a Ele.
Vivemos dizendo que o mundo está entrando na igreja. Mas se você pensa que o mundo dentro da igreja significa SOMENTE: boates gospel, namoro irresponsável, pornografia, você está errado. A igreja está sendo invadida por uma mentalidade de que não precisamos fazer as coisas fora da igreja com excelência, que devemos poupar todas as nossas forças para gastar dentro do templo, ou seja, que no mundo devemos aderir à lei do mínimo esforço, para dentro da igreja termos muita disposição.
Você confiaria em um médico que se preocupa somente em fazer o mínimo possível para que você não morra? Um engenheiro que só se preocupa em não deixar sua casa cair? Seja qual for a sua profissão, nunca se contente em fazer o mínimo, ofereça ao senhor sempre o melhor, se negue, como Davi se negou, a oferecer ao Senhor algo que não te custe nada. Lembre-se seu trabalho antes de ser oferecido aos homens é oferecido a Deus.
Servindo a Deus independentemente de onde estivermos
Alguns quando são confrontados pela necessidade de serem mais dedicados à suas tarefas rapidamente se protegem afirmando “O problema é que o que estou fazendo agora não é exatamente o que eu quero, é apenas um trampolim, quando eu chegar onde eu sonho, aí sim eu vou realizar minhas tarefas com excelência! ”.
Perceba o que a bíblia fala sobre o assunto “Cada um fique na vocação em que foi chamado. ” 1 Coríntios 7:20. Que afirmação mais poderosa, Paulo nos adverte que quando pensamos no que Deus quer fazer na nossa vida não devemos ficar olhando o que não temos, na verdade ele afirma que para descobrirmos o propósito de Deus precisamos fazer exatamente o contrário, devemos olhar onde estamos hoje. Isso significa que na vida não há trampolins, a noção que temos que abraçar um presente sem significado para termos um futuro, é uma obra do inimigo que veio para roubar o significado de nossas vidas e destruir o valor daquilo pelo que passamos. Deus veio para nos dar vida e vida em abundância hoje, e agora.
Pode ser que fiquemos desconfortáveis com essas afirmações, afinal, será que Deus está nos ordenando ficar parados onde estamos? Será que estamos fadados a ficar estagnados pelo resto de nossas vidas? Será que a vontade de Deus é que eu fique no cursinho a vida inteira?
O contexto do versículo responde essa dúvida, “Foste chamado sendo servo? Não te dê cuidado; e, se ainda podes ser livre, aproveita a ocasião. ” 1 Coríntios 7:21. Paulo fala para a classe mais desprivilegiada da história da humanidade, os escravos. E perceba que Paulo adverte os escravos para aproveitarem a oportunidade de serem livres. A orientação bíblica é que o serviço daqueles escravos não é sem sentido, Deus tem algo a realizar mesmo na vida de um homem no pior dos empregos, ou melhor, na pior das situações. E ao mesmo tempo Paulo lembra aqueles homens que eles precisam progredir na vida, e nunca devem desperdiçar a oportunidade de crescer.
O que precisamos é de uma mudança de mentalidade. O mundo diz que precisamos nos mover porque o que temos vivido é sem significado. Cristo nos diz que o que temos vivido no presente é uma dádiva, seja qual for nossa situação, temos um propósito onde estamos hoje, mas, o futuro nos reserva algo melhor e por isso precisamos batalhar por ele.
Perceba que o mundo trabalha com a falta de significado, ou seja, precisamos nos mover porque estamos em uma situação sem propósito e sem valor. Entretanto Deus trabalha com a perspectiva de abundância, e nos incentiva a viver o nosso presente com muito significado e valor, e nos animar lutar por um futuro com ainda mais significado e valor.
Daniel na Babilônia
Daniel depois de ver seu reino sendo destruído, e muito de seus amigos serem mortos, foi levado como escravo para participar de um experimento social. O rei Nabucodonosor tinha destruído muitos outros reinos, e de cada reino ele separava um grupo de jovens promissores, entre esses jovens estava Daniel.
O rei propôs um desafio: eles teriam aulas com os melhores professores, teriam que aprender toda a ciência e cultura do povo babilônico e depois de 3 anos se apresentariam diante dele para mostrar o seu valor. Pensando assim é incrível a semelhança de Daniel com um vestibulando, ou um concurseiro, estudar 3 anos para uma prova é uma realidade familiar para muitos de nós.
Sabemos a história, e ela é muito poderosa, Daniel recusou se contaminar com as iguarias do rei. Essa história sem dúvida fala sobre não se contaminar com o que o mundo tem para nos oferecer.
Mas, não e só isso, há mais ainda: o empenho de Daniel e seus amigos em cumprir com excelência o desafio do rei.
A única tentação de Daniel não era se contaminar com as iguarias da babilônia, mas manter-se convicto que estava servindo a Deus e não o rei. Ele poderia ter se trancado no quarto, e ficado amargurado com sua situação, se negar a estudar sobre uma cultura que não era a dele, sem dúvida teria uma lista de motivos para não atender ao desafio, afinal esse rei tinha destruído sua cidade natal e matado muito de seus amigos.
Para Daniel, não glorificar a Deus significava agir como se estivesse servindo somente ao rei, esquecendo que na verdade estava servindo a Deus. Daniel não podia ceder a tentação de culpar o rei pelas suas dificuldades, ele precisava entender que Deus o colocou onde ele estava, e que seu empenho era uma oferta a Deus em primeiro lugar. Resultado disso?
“Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos. ” Daniel 1:17.
Deus deu conhecimento a Daniel e seus amigos, agora eu te pergunto, como Deus fez isso? Será que Daniel se negou a frequentar todas as aulas oferecidas por Nabucodonosor, ficou no quarto orando e no final do período veio um raio sobre ele e de forma misteriosa fez com que ele absorvesse todo o conteúdo ensinado?
Não foi isso que aconteceu, Deus encheu Daniel de conhecimento enquanto ele assistia às aulas, no momento em que ele se trancava e depois de orar gastava horas a fio estudando, foi nesse momento que Deus concedeu inteligência e sabedoria a ele.
“E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino. ” Daniel 1:20.
Quantos de nós podemos passar por este teste? O mundo tenta nos convencer que temos duas escolhas: Ou nos dedicamos a nossas tarefas seculares, ou nos dedicamos no serviço de Cristo. E note que eu estou falando que quem faz isso é o mundo. Deus nos propõe outro caminho, foi o caminho escolhido por Daniel, de nos dedicar ao serviço de Deu e realizar com excelência tudo o que temos que fazer, seja servir a Deus na igreja ou servir a Deus estudando e trabalhando.
CONCLUSÃO
“E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram, e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar. ” Lucas 10:30-35.
A escolha dos personagens nesta parábola é muito significativa. Perceba que as duas figuras que ignoraram o homem necessitado a beira do caminho eram religiosos. Esses Homens julgavam que tinham cumprido suas responsabilidades com Deus dentro do templo, portanto estavam livres para desfrutar seu dia sem maiores preocupações.
Essa postura os levou a perder a oportunidade de fazerem a diferença na via de alguém, e assim como eles eu deixei passar muitas chances de transmitir a luz de Cristo para outros porque eu acreditava que meu serviço a Deus se restringia as 4 paredes da igreja.
Para causar o impacto que Deus intenciona que causemos no mundo, precisamos estar dispostos a sempre realizar tudo com excelência. Imagine se Daniel decidisse que não iria se dedicar a tarefa de estudar outras culturas?
Temos muitos exemplos de homens que reproduziram o exemplo de Daniel e fizeram a diferença em sua época. Figuras como Martin Luther King, que além de ser pastor lutou contra a segregação racial nos EUA, ou como William Wilberforce, que fui um dos congressistas cristão que encabeçou o movimento que resultou no fim da escravidão na Inglaterra e suas Colônias, são exemplos próximos de como um cristão hoje pode ter tanta relevância como Daniel teve na Babilônia.
Nós somos a igreja! Onde estivermos, ali estamos representando a nossa fé, o nosso Deus. Procuraremos ser excelentes em tudo! Não para vanglória nossa, mas, para honrar o Deus que cremos e servimos, o Deus que não está longe. Ele vive dentro de nós e pode nos capacitar a viver a profecia feita em Isaias 58:12: “Os que de ti procederem, edificarão as antigas ruínas; levantarás os fundamentos de muitas gerações; e serás chamado reparador da brecha, restaurador de veredas para que o país se torne habitável. ”.