CHEGAI-VOS A DEUS PARTE 1


CHEGAI-VOS A DEUS

PARTE 1

 

 “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de animo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai. Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará”.

(Tg 4:8-10)

Neste texto de Tiago encontramos o maior convite já feito na área relacional para cada um de nós, “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós”.

O Senhor nosso Deus é um Deus de relacionamentos. Ele nos criou para nos relacionarmos com Ele. Este é o Seu firme desejo, porque Ele quer ser conhecido pelos seus filhos.

Desde a queda do homem isto tem levado milhares de anos, preparações complexas, e um gigantesco preço para abrir o caminho para esse tipo de relacionamento íntimo.

A nossa libertação através de Cristo Jesus, nos leva não somente para um novo estilo de vida, mas, essencialmente a uma condição de aproximação profunda e íntima à presença do Pai. Aquela mesma comunhão que havia no Éden antes da queda.

Contudo, essa comunhão de Deus com o homem não tem sido pregada nem experimentada em toda sua plenitude.

Há uma ênfase maior na libertação do pecado e da morte, e pouco ou quase nada é declarado, sobre a intima comunhão que espera a todos aqueles que foram libertos em Cristo Jesus.

Para  melhor compreensão dessa afirmativa, vamos fazer uma analogia entre a história de Israel e a nossa própria, e descobrir onde está o foco de nosso maior interesse.

Começamos com a pergunta; Para onde Moisés estava levando os filhos de Israel quando eles saíram do Egito? A resposta mais comum é dizermos que seria para a terra prometida, porém, vejamos o que está escrito em Êxodo 7:16.

“Deixa ir o meu povo, para que me sirva no deserto…”

Será que está revelação não expõe nossa fragilidade espiritual, nosso pouco conhecimento do interesse maior de Deus?

Revelando um entendimento de possuir as bênçãos, antes de conhecer profundamente o autor das bênçãos?

Não seria isto o que mais tem sido pregado nos púlpitos, e alardeado nos rádios, jornais, e tevês? Uma pregação que enfatiza as bênçãos e negligencia um relacionamento íntimo com Deus?

Criando discípulos que vêm para Deus pensando somente nos benefícios desse relacionamento, ao invés daqueles que serve ao Senhor em resposta ao que Ele é.

Isto também pode ser comparado a situação daquela mulher que se casa com um homem por dinheiro. O motivo dela não é conhecer o seu marido pelo que ele é, mas, sim pelo que ele pode oferecer. Ela pode até amar a esse homem em algum nível, mas pelos motivos errados.

Assim também são estes que estão com Ele somente pelas dádivas  (promessas) oriundas de sua generosidade.

E ainda;

 

“Disse o Senhor a Moisés: Vai, sob daqui, tu e o povo que tiraste da terra do Egito, para a terra a respeito da qual jurei a Abraão, a Isaque e a Jacó…(1)…Sob, para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti…(3)…Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar (15)” (Ex 33).

É preferível ter a presença de Deus em um lugar horrível e desconfortável (o deserto), a estar numa terra de abundância que mana leite e mel sem a presença Dele! A sua presença é que nos distingue  e nos torna abençoados (separados), Sua presença é o que nos evidencia a todos os moradores da Terra.  Esta foi a resposta de Moisés!

Exercitando a imaginação, qual seria a resposta, se esta mesma proposta de Deus fosse feita diretamente para o povo?

Quando Deus é encontrado, como Moisés o experimentou, todas as promessas deixam de ser o foco principal de nossas vidas, porque Deus é muito mais maravilhoso que qualquer coisa, até mesmo as Suas bênçãos.

O propósito principal de Deus ao retirar o seu povo do Egito era para que eles O conhecessem e O amassem. As bênçãos seriam conseqüências da proximidade com Ele.

Este desejo de Deus de intimidade conosco, esta expresso na oração de Paulo em Efésios  “...vos conceda espírito de sabedoria, e de revelação no pleno (profundo e íntimo) conhecimento dele” (1:17), para isso é preciso haja intimidade, comunhão com Ele.

Precisamos desta comunhão íntima com Deus, é preciso ansiar, precisamos suspirar pela Sua presença.

Como a corça suspira pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira minha alma.

A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; Quando irei e me verei perante a face de Deus”? (Sl 42.1,2)

O pecado nos afasta da presença de Deus. Davi foi um homem que amou e experimentou poderosamente a presença de Deus, assim como Moisés, ele amava mais a Deus que as Suas bênçãos, na ocasião em que cometeu o pecado de adultério e assassinato, seu clamor de arrependimento, expressamos sua maior preocupação: “Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito”  (Sl 51.11)

O pecado nos separa da presença de Deus, e assim como fizeram Adão e Eva lá no principio, ao pecarmos escondemo-nos da presença de Deus. Por sabermos que em sua presença nada fica escondido.

A palavra nos diz que Deus é fogo consumidor. O fogo é usado comumente como  método de limpeza e purificação. Para usufruirmos da intimidade com Deus, primeiramente precisamos nos achegar a Ele dispostos a sermos purificados, tratados, curados. Confessar e abandonar o pecado faz parte desse processo.

Davi corajosamente escreve, “Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todos o dia. Porque a tua mão pesava sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoastes a iniqüidade do meu pecado”. (Sl 32:3-5)

Este era um dos motivos pelos quais Davi passou a ser considerado como um homem segundo o coração de Deus.

O nosso quebrantamento e arrependimento movem os braços do Senhor em nossa direção.

Quantos querem isso? (ministração)

…continua…

Prs. Wilson @ Maria do Carmo Sandoval

10/07/2005

Publicado por Pr. Wilson

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