Filype Fernandes
Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade. Por isso, dissertava na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam ali. E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele, havendo quem perguntasse: Que quer dizer esse tagarela? E outros: Parece pregador de estranhos deuses; pois pregava a Jesus e a ressurreição. Então, tomando-o consigo, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas? Posto que nos trazes aos ouvidos coisas estranhas, queremos saber o que vem a ser isso. Pois todos os de Atenas e os estrangeiros residentes de outra coisa não cuidavam senão dizer ou ouvir as últimas novidades. Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração. Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos (Atos 17:16-31).
Tive o primeiro contato com o cristianismo aos sete anos de idade. Até então, minha família não conhecia Jesus e vivíamos uma vida bem diferente da que levamos hoje. Eu achava estranho ver as pessoas chorando, levantando as mãos e colocando dinheiro em um envelope branco. Não entendia como lanchávamos com tão pouco. Um pequeno copo de suco e um pedacinho de pão. Eu gostava muito de participar da salinha (escola bíblica infantil). Lembro-me que sempre me divertia muito com as dinâmicas e lições que eram desenvolvidas em sala.
Na hora dos pedidos de oração eu erguia a mão e pedia sabedoria! Vi algum adulto fazer isso; não tinha a menor ideia do que aquilo significava, mas a tia achava bonito. Era diferente de quando eu pedia um Playstation, um cachorro ou figurinhas. Escutei boatos de que quando ficasse um pouco mais velho deveria deixar a salinha e permanecer no culto. Aquilo parecia um castigo por estar crescendo! Sentia muita pena dos amigos que passavam por isso. Mas um dia chegou a minha hora.
Pensei em várias maneiras de burlar o sistema, mas a verdade é que existe um campo de treinamento muito rigoroso para facilitadores de salinha! Tudo isso é mantido em segredo! Foi em um desses treinamentos que aquela tia aprendeu a técnica do “olhar terremoto” (se você já passou por isso, vai saber por que se chama assim): aquele que te faz tremer na base, do tipo “vou contar para o seu pai mocinho…”. Depois de algumas tentativas frustradas de ficar na salinha, fui percebendo que permanecer no culto não era tão ruim assim.
Comecei a observar os jovens mais velhos, e não é por nada, mas que inveja. Aquilo sim era vida! Liberdade! Participavam do louvor, faziam peças teatrais e lanchavam juntos após os cultos. Soube que toda semana eles se reuniam numa tal de “célula” e agora eu poderia participar de uma. Foi incrível! Se soubesse antes, trocaria fácil pela salinha!
Com doze anos, a pouca bagagem de conhecimento de Deus que eu tinha, me levou a perceber que precisava entregar minha vida a Ele! Não parecia ser tão ruim assim… Era só um “sim!” seguido de um mergulho naquela piscina fria. Pensei: “Nossa! Tudo que fiz de errado até aqui foi apagado! Eu fui perdoado!”. Pode parecer bobeira, mas eu realmente me senti diferente depois daquele dia! Mais perto, mais limpo, mais filho!
Eu não esperava o que viria pela frente. O tempo foi passando e me deparei com situações em que meus pais já não poderiam mais decidir por mim. Agora eu precisava fazer escolhas, consequentemente assumir responsabilidades. E novas preocupações e necessidades foram surgindo.
Então nove anos se passaram e durante esse tempo, por várias vezes desejei voltar àquele dia 12 de novembro de 2006… Longe de minhas incertezas e livre de qualquer dúvida. Quis voltar à simplicidade daquela escolha sem me preocupar demais com tudo! Acreditar com a mesma fé tão sincera quanto a de uma criança. Quis me sentir mais perto outra vez, mais limpo, mais filho…
O Cristianismo que não é examinado, não vale a pena ser vivido
Você consegue se lembrar dos seus primeiros passos? Talvez sua história seja muito diferente da minha, mas isso não importa, o que quero dizer é: de onde você tirou essa ideia maluca de ser cristão? Como isso começou? Nessa caminhada já se sentiu como um estranho? Já se perguntou: e se eu estiver errado? Já pensou em desistir?
Andar na contramão do mundo não é fácil, eu sei… Vamos passando por situações que estremecem a nossa fé.
O que dizer para os amigos que taxam de idiota e ultrapassada qualquer tentativa de se manter puro? Como explicar para si mesmo que aquele professor de filosofia está equivocado sobre o que pensa a respeito de Deus? Como não satisfazer aqueles desejos sexuais que todo livro de biologia diz ser normal? Como fechar os olhos para as coisas que estão bem escancaradas na sua cara e que todo mundo faz? Será que vale à pena? Será que estou perdendo meu tempo? Será que a melhor fase da minha vida não está descendo ralo abaixo?!
Perceba que você não é o único. Essa caminhada é dura e não há atalhos. Mas proteger e esconder esses conflitos não te livrará deles! As incertezas e inconstâncias que conquistam a juventude encontram mais força na insensibilidade ou frieza quanto aos conflitos. Vamos levando a vida como se tudo estivesse tranquilo. Quando chegar neste estado “anestésico”, você poderá pensar que só há duas opções: esquecer de uma vez por todas essa história de ser cristão ou fingir muito bem ser um e ficar “bem na fita”.
Saiba que Deus sonda e conhece todo o coração e pensamento humano. Ele sabe exatamente o que precisamos e pode nos dar a resposta. Portanto, o problema nunca foi a omissão de Deus, mas a nossa dificuldade em refletir e expor a própria condição. O resultado disso é vivermos uma falsa impressão de cristianismo.
“Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos” (1 Coríntios 13:5a).
Fora do normal
Deus nunca planejou ter robôs controlados por um controle remoto! Programados ou alienados. Também não é aquele velhinho ranzinza sempre pronto para fulminar qualquer um que o contraria. Deus é totalmente educado e suavemente doce. Ele nos chamou a Sua paternidade (geração, responsabilidade e afeto). Então reflita! Quem você realmente é? Porque você existe? O que te move? Pelo que você vive? Pelo que você morreria?
MORRER é algo importante na vida com Deus. Se realmente queremos compreender a vida cristã, precisamos fazer morrer nossa própria sabedoria e permitir que o Espírito Santo nos revele a verdadeira sabedoria. “Nada que não tiver morrido chegará a ser ressuscitado dos mortos” (Lewis, C. S. 1942, 300). Isto implica em renúncia e dói bastante, mas é certo que encontraremos vida! Fracassaremos em entender essas coisas com os olhos e ouvidos deste mundo! Porque se você não percebeu ainda, isso é loucura!
“Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Coríntios 2:14).
Se você tem sede por conhecer a essência do cristianismo e quebrar os padrões de religiosidade e do senso comum, correndo o risco de ser tido como insano pelos outros, vamos juntos! Encontramos em Atos 17 uma história não muito diferente do que acontece em nossos dias e um modelo de cristão autêntico cuja vida foi apaixonante. Voltemos ao nosso texto inicial.
Paulo em Atenas
Perseguido por pregar a palavra de Deus, Paulo fugiu de Beréia e foi para Atenas sem seus amigos por perto. Lá era a maior universidade do mundo! O centro filosófico, literário, científico e artístico da época! Homens de toda parte visitavam Atenas em busca do conhecimento. Os escravos se ocupavam de todo o trabalho físico e manual, então seus cidadãos gastavam todo o tempo que tinham trocando conhecimento em locais públicos.
Era uma cidade de muitos deuses! Dizia-se que havia mais estátuas de deuses em Atenas do que em todo o resto da Grécia juntos! Foi nesse contexto em que Paulo estava inserido! Longe dos amigos, numa cidade demasiadamente idólatra com homens dotados de muito conhecimento e cheios de ideologias para explicar o fim de tudo e como alcançar a felicidade (paz de espírito). Ainda assim, Paulo não deixou de pregar a Cristo, e aqui vem nossa primeira lição!
É preciso que o amor de Jesus provoque em nós uma revolta contra as paixões deste mundo.
“Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade”. (Atos 17:16 – grifo nosso)
Amar é um movimento. Paulo não poderia ficar parado diante da adoração que não eram dadas ao único Deus. “O seu espírito se revoltava”. O amor que tinha em seu coração era ainda maior, a ponto de ele repulsar e se indignar com o que era contrário a Deus.
A palavra do texto “revoltava” em sua origem quer dizer “queimar de raiva”. Não dava para ficar indiferente! Paulo não se intimidou por ser minoria. Para ele o morrer era lucro e o viver era Cristo! No jogo do “tudo ou nada”, escolheu a melhor parte.
Paulo não se indignou contra as pessoas, mas contra o pecado e o engano. Ele se aproximou, falou na mesma linguagem e lhes ofereceu o maior presente que alguém poderia receber: Jesus! Ainda no confronto de ideias, o amor encontrou lugar. Agora Paulo ofertava a mesma compaixão a qual havia recebido. Poderia pensar que um dia fora como um daqueles homens.
Dentro desse contexto, o que nos parece comum? Idolatria é tudo o que colocamos acima de Deus, é o amor cego. O que realmente ocupa o primeiro lugar em nossos corações? Estou falando de idolatria no meio de cristãos.
Somos uma geração que idolatra o sucesso profissional, o casamento, o corpo, o pastor, o líder, a doutrina, a igreja, o músico, a reputação, o namoro. Quantos jovens admiráveis pelo estilo de vida que levavam se encantaram com as propostas deste mundo? Tudo se tornou muito normal, inofensivo, natural. O pecado já não incomoda mais. Agir de acordo com a maioria foi a resposta que gritou mais alto.
O verdadeiro amor é dependente. Não se baseia em sensações emocionais, mas em experiências espirituais. Só uma verdadeira paixão por Jesus pode nos fazer odiosos ao pecado, nos mover em Sua direção e nos livrar de um cristianismo “meia boca”!
Somente uma identidade firmada em Cristo nos manterá convictos em meio aos ataques e pressões deste mundo.
“E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele, havendo quem perguntasse: Que quer dizer esse tagarela? E outros: Parece pregador de estranhos deuses; pois pregava a Jesus e a ressurreição” (Atos 17:18)
Como vimos, Atenas era o centro de conhecimento do mundo. A filosofia epicurista e a filosofia estóica eram extremamente relevantes naquela época. Não consistiam apenas em um pensamento, mas em um estilo de vida.
Os epicureus acreditavam que tudo acontecia por acaso. A morte era o fim de tudo, os deuses eram indiferentes aos humanos e a felicidade estava no prazer moderado. Para os estóicos, tudo o que acontecia era da vontade de Deus e deveria ser aceito sem qualquer ressentimento. Todas as coisas representavam a natureza presente e operante de Deus. Acreditavam que em certos momentos o mundo se desintegrava e começava tudo outra vez no mesmo ciclo de eventos.
Foram com esses homens que Paulo discutiu. Posso imaginar essa discussão:
— Filósofos: É impossível haver ressurreição!
— Paulo: Jesus não só destruiu a morte! Mas também trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho!
— Epicureus: O grande Epicuro já dizia que a morte é o fim de tudo!
— Paulo: Nós esperamos, segundo a sua promessa, novos céus e nova terra! Onde não haverá voz de pranto e choro de tristeza!
— Estóicos: Há uma ordem necessária no mundo a qual podemos decifrar!
— Paulo: Olhos não viram, ouvidos não ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam!
— Estóicos: O homem sábio é aquele que age pela razão e nega completamente a emoção!
— Paulo: O temor do Senhor é o princípio da sabedoria!
— Epicureus: Não devemos temer os deuses porque eles são indiferentes a nós!
— Paulo: Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado!
— Estóicos: Devemos viver conforme a natureza!
— Paulo: Quando aceitamos o sacrifício de Cristo na cruz, deixamos a natureza do pecado e recebemos a natureza do próprio Deus em nós!
Que situação difícil! Somente uma identidade bem firmada suportaria essa prova de fogo. Toda essa discussão poderia colocar em xeque a fé de Paulo.
Um conflito poderia tomar conta dele: “Talvez esse cristianismo não passe de uma filosofia, um pensamento… Alguns desses homens viveram com seus mestres, o tocaram. Eu não andei com Jesus. Fui perseguido por meus irmãos não acreditarem que eu já não era mais um perseguidor. Não acreditaram que havia sido alcançado pela mesma graça. E se eles estiverem certos?”. Havia muitos motivos para Paulo pensar assim. Porém ele permaneceu inabalável!
Apesar das circunstâncias, Paulo sabia quem realmente era. Não aquilo que pensava de si ou o que os outros achavam, mas o que o Senhor Jesus dizia! Um dos maiores investimento de Satanás na vida de um jovem está em destruir sua identidade. Para isso, ele vende bem seus produtos: “Beba, fume, roube, compre, faça sexo, brigue, fuja, experimente e você será feliz!”.
Todos os dias somos tentados a aceitar suas mentiras. Às vezes ditas por pessoas bem próximas de nós: “Você nunca vai mudar! Você é igual seu pai/mãe! Desista de viver uma santidade que não existe! Você não consegue! Seu pecado é sujo demais para ser perdoado! Você causa vergonha!”.
Esse conflito na juventude cristã é mais real do que podemos imaginar. Uma crise de identidade que dilacera a esperança e maltrata o coração. É verdade que Paulo não esteve com Jesus da mesma maneira que os doze discípulos. Porém ele teve uma experiência tão real quanto a sua incredulidade. Sua vida jamais foi a mesma!
“O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. (Romanos 8:16)
Encontramo-nos quando O percebemos. Assim descobrimos e testificamos: não somos mais estranhos. A paternidade de Deus dá sentido a nossas vidas: “Eu sei quem sou e sei quem Ele é!”
Precisamos buscar a Sua presença. É como ir a um cartório; os documentos podem estar perfeitos, porém se não forem autenticados, não serão aceitos como verdadeiros. O tabelião é o profissional competente para dar fé ao documento. O Espírito Santo é o nosso tabelião. É ele quem dar autenticidade à nossa identidade em Cristo Jesus.
Assim não iremos vacilar!
O mundo não pode apagar as marcas de uma experiência com Deus.
“Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos;23 porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio” (Atos 17:22-23).
Lembra quando falei sobre minha caminhada cristã? Sabe aqueles momentos que me achava cheio de dúvidas e conflitos? Complicado e desacreditado? Indigno e distante? Quando estava lá dentro do poço de angústia… Não foi pela minha família, não foi pelos meus amigos, não foi pela igreja! Mas naquele lugar vazio eu começava a lembrar das experiências que tive com esse Jesus. Coisas que só eu e Ele sabíamos.
Eram momentos que minhas palavras não seriam capazes de descrevê-los plenamente. Sua presença era tão real! Nenhuma lembrança se comparava àquelas em que O encontrava. E olhando para dentro de mim, estava certo de que aquilo não poderia vir de mim mesmo.
“A minha alma apega-se a ti; a tua destra me ampara” (Salmos 63:8).
Sabe o que vai te sustentar no dia mal? As experiências reais que você teve com Jesus! Isso faz toda a diferença. “A diferença fundamental entre o cristianismo autêntico e religião é conhecer e ser conhecido por Deus, ao contrário de meramente saber a respeito dele.” (Johnson, B. 2007, 70). Adoramos a um Deus que não conhecemos. Não andamos com Ele. Não temos experiências espirituais com esse Deus. Isso não é cristianismo.
A experiência que os discípulos tiverem no dia de Pentecostes foi um marco em suas vidas! De homens medrosos a homens valentes e ousados! De homens duvidosos a homens convictos! De homens que negaram a Jesus a homens que estavam prontos para morrer por Ele a qualquer tempo!
Por mais que as palavras que tenho sejam simples demais para dizer, quero compartilhar uma de minhas experiências com Deus.
Aconteceu em um Encontro Nacional. Eu havia passado por um problemão que sugou todas as minhas forças. Tomei decisões que me afastaram de Deus. Quando estava “por um fio” de desistir de tudo e tomar o caminho mais fácil, percebi que não poderia entristecê-lO assim. Não poderia viver longe do seu Espírito. Eu precisava voltar. Foi doloroso deixar tudo para trás, mas não poderia perder a chance de recomeçar!
Como eu estava necessitado de Deus! Cantava aquelas canções realmente querendo viver cada palavra. No sábado à noite, durante o louvor, o Espírito Santo se derramava naquele lugar. As pessoas adoravam com intensidade.
Inesperadamente eu comecei a sorrir! Algo diferente foi tomando conta de mim até eu não conseguir cantar mais, apenas sorrir (coisa que já não fazia ha um bom tempo)! Que maravilhosa esfera de adoração! “Deus da minha vida, minha alegria!”. “Tens me dado a alegria e paz, e muito mais!”. Estas eram partes das canções que atingiam em “cheio” o meu coração!
Eu sentia meu corpo tremer e uma alegria nova me invadir! Foi quando claramente Ele falou comigo dizendo: “Filho, sabe tudo o que você chorou durante esse tempo?” – Rapidamente um filme se passou em minha mente, então Ele responde – “Muito mais Eu te farei sorrir!”.
Eu sou filho. Nunca estive sozinho. Ele conhecia cada uma de minhas lágrimas. Desculpe-me, talvez isso não faça muito sentido para você. Mas eu não tinha nada, agora eu tenho tudo! Caminho debaixo de uma promessa. Posso vê-lO mudar minha história! E pode ter certeza, em cada sorriso “aparelhado” desses que dou, há o Seu cuidado comigo!
Conclusão
Uma paixão sincera por Jesus só arderá em nossos corações quando experimentarmos da Sua presença! É impossível conhecê-lO e não amá-lO. Somente o Espírito Santo pode produzir um amor genuíno em nós!
Nossa identidade esta firmada em Cristo! Quando o encontramos Ele afirma quem verdadeiramente somos! Seu rio de amor e compaixão se derrama sobre nós. Esse amor dissipa toda e qualquer mentira. Sim, Jesus dá todo o sentido à vida!
A essência do cristianismo está em conhecer e permitir ser conhecido por Jesus. O que fugir disso não é cristianismo. Se nós desejamos viver a verdade desse evangelho, é necessário que nos tornemos colecionadores de experiências com Deus!
“Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos!” (Atos 17:28.A)