A Palavra de Deus: um agente ativo para transformação


A Palavra de Deus: um agente ativo para transformação

 

Wesley de Souza

 

“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hebreus 4:12)

A verdadeira força da Palavra de Deus está diretamente ligada à transformação do coração daqueles que a recebem e praticam. Por isso, Jesus, quando fala dos fundamentos (Lucas 6: 47 – “Casa sem alicerces”) usa a expressão “o que ouve e não pratica”. Se a Palavra de Deus não for poderosa o suficiente para transformar e mexer com toda a sua estrutura, ela não tem nenhum valor e pode ser comparada a qualquer outro livro arquivado na sua escrivaninha.

O Livro, por si só, não tem nenhum poder místico de transformação, como alguns filmes mostram em determinadas estórias de ficção com livros mágicos. Só o livro não traz nenhuma mudança. O poder da Bíblia está na possibilidade desta em te conduzir/mostrar/revelar a Cristo. Trata-se de um “mapa” onde o objetivo final é a Salvação através da pessoa de Jesus. Aliás, toda a Bíblia, desde Gênesis, com a queda do homem e promessa do Redentor; até Apocalipse, com a volta Daquele que reinará eternamente, tem como único objetivo te conduzir até Jesus.

O poder da Palavra de Deus está na possibilidade de você lê-la e esta se revelar a você como uma verdade absoluta e passível de ser vivida e revivida todos os dias, em toda a sua essência. O seu poder está na capacidade de transformação que ela pode promover.

Por isso, livro e Autor não podem estar separados. Diferente de outros livros, onde o autor escreve e o remete aos outros, na Bíblia, o autor passa a fazer parte da leitura através do Espírito Santo. O autor escreve, remete e o testifica enquanto você o lê. É o único livro onde o Autor está presente no momento da leitura, através da pessoa do Espírito Santo. É Ele que conduzirá a obra de transformação que este livro tem a propriedade de fazer.

Este é o tipo de livro que não aceita passividade na leitura. Você não é um mero recebedor das verdades de Deus. Você as recebe e, caso dê liberdade ao Espírito Santo, você passa a ser agente ativo, praticando as verdades que este Livro fornece. Por isso, D. L. Moody escreveu: “Ou este livro me afasta do pecado ou o pecado me afastará deste livro. ” Para que a Palavra de Deus cumpra o seu propósito, não poderá haver passividade na sua leitura. Não existe nenhum valor quando alguém recebe a Palavra e fica passivo, pensando no quão bonitas e verdadeiras elas são, como acontece com quem lê um poema. Isto é muito comum ao pensarmos em belos versículos, que chamam a atenção por sua bela poesia, tais como:

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)

Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Romanos 8:28)

Esses versículos, principalmente na 1ª parte deles, parecem remeter apenas a uma bela mensagem de Deus à humanidade, uma declaração de amor ou uma promessa para ficarmos confiantes. Na realidade, eles revelam responsabilidades para aqueles que os leem: a vida eterna para “aquele que crê” (ativo e não passivo); e a cooperação para o bem de todas as coisas daqueles que são chamados segundo o seu propósito (ativo – revela a aceitação da missão dada por Deus). Estes dois versículos são exemplos clássicos de casos onde parece que apenas recebemos uma mensagem agradável de se ouvir, quando, na realidade, revelam a vontade de Deus para nós e nos remete a “algo a se fazer” ou “algo a se transformar”.

Por isso, Jesus afirma em Lucas 8:21: ”Ele, porém, lhes respondeu: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam”. Ou como Paulo afirma em 1Tessalonicenses 2:13: ”Outra razão ainda temos nós para, incessantemente, dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes.

 

Poder da revelação da Palavra de Deus

Houve um acontecimento importante no Velho Testamento onde podemos presenciar a operosidade da Palavra de Deus sobre a vida de um homem. Trata-se da revelação da Palavra que precisa operar também em nossas vidas.

Rei Josias: Um homem que recebeu de Deus e foi transformado

“Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Jedida e era filha de Adaías, de Bozcate. Fez ele o que era reto perante o Senhor, andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se desviou nem para a direita nem para a esquerda”. (2Reis 22:1)

Com oito anos o pequeno Josias assumia o trono de Jerusalém. Trono que já teve como rei Salomão e Davi. Mais importante que saber que ele tomou posse nessa idade, é analisar de que forma estava o trono antes de se tornar rei. O trono, como bem sabemos, era passado de pai para filho. Vamos, inicialmente, nos atentar na forma pela qual Josias havia sido educado e/ou preparado para aquele momento. Vejamos a partir de seu avô:

Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar e reinou cinqüenta e cinco anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Hefzibá. Fez ele o que era mau perante o Senhor, segundo as abominações dos gentios que o Senhor expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel. (2Reis 21:1)

O Rei Manassés, avô de Josias, durante o seu reinado, concretizou algumas coisas:

  • Retornou à idolatria, extinta por seu pai Ezequias; (Vers. 3 e 5)
  • Queimou o seu filho como sacrifício; (Vers. 6)
  • Colocou escultura de ídolos na Casa do Senhor; (Vers. 7)
  • Condenou Jerusalém e Judá perante o Senhor. (Vers. 12)

Aproximando a geração mais próxima de Josias, vejamos como procedeu seu pai:

Tinha Amom vinte e dois anos de idade quando começou a reinar e reinou dois anos em Jerusalém. Sua mãe se chamava Mesulemete e era filha de Haruz, de Jotbá. Fez o que era mau perante o Senhor, como fizera Manassés, seu pai. (2Reis 21:19)

O rei Amom continuou o que seu pai havia iniciado. Continuou, principalmente, idolatrando falsos deuses. A Bíblia fala que o Rei Amon Foi assassinado em sua própria casa. Talvez Josias tenha até presenciado esse assassinato.

Vemos, então, que Josias não tinha nenhuma direção para seguir o caminho do Senhor. Até então, o único direcionamento para dirigir uma nação que ele tinha estava fora do padrão de Deus. Ele havia aprendido da pior maneira possível a forma de se governar Israel. Precisamos, antes de mais nada, compreender que este homem está em pé de igualdade com muitos de nós aqui: recebeu as piores influências paternas e familiares que alguém poderia receber.

A Bíblia não menciona quem repassou qualquer ensinamento sobre Deus a Josias. Provavelmente tenha sido sua mãe que se chamava Jedias, que significa “amada de Jeová”. Vamos notar que havia um interesse no coração de Josias para os caminhos de Deus.

 

Desejo de arrumar a casa

No décimo oitavo ano do seu reinado, o rei Josias mandou o escrivão Safã, filho de Azalias, filho de Mesulão, à Casa do Senhor, dizendo: Sobe a Hilquias, o sumo sacerdote, para que conte o dinheiro que se trouxe à Casa do Senhor, o qual os guardas da porta ajuntaram do povo; que o dêem nas mãos dos que dirigem a obra e têm a seu cargo a Casa do Senhor, para que paguem àqueles que fazem a obra que há na Casa do Senhor, para repararem os estragos da casa: aos carpinteiros, aos edificadores e aos pedreiros; e comprem madeira e pedras lavradas, para repararem os estragos da casa. Porém não se pediu conta do dinheiro que se lhes entregara nas mãos, porquanto procediam com fidelidade. (2Reis 22:3)

O primeiro passo em direção a Deus tomado pelo rei, foi arrumar o templo que Salomão havia construído. Este estava quase destruído, por conta do descaso dos reis anteriores. Já havia uma pré-disposição de Josias em direção a Deus. Ele sentia que algo precisava ser mudado, mas não sabia o quê ou como fazê-lo. Então, ele começa pelo mais básico ou óbvio: arrumar a casa que pertence a Deus. Esta estava feia, decaída e aparentava destruição. Em outras palavras, ele se preocupou inicialmente com a parte física no relacionamento com Deus.

Isso é muito comum no início da vida cristã: não sabemos muito bem o que fazer e começamos pelo que parece mais escandaloso. Ajustar áreas de pecado que estão mais aparentes (que outras pessoas podem notar ao olhar para nós). Preocupamos mais com o que os olhos podem ver e não com aquilo que Deus pode ver. Preocupamos mais com o que os outros podem pensar e não muito com o que Deus irá pensar. (Parar de beber, parar de fumar, parar de falar palavrão, parar de “ficar”, etc).

Trata-se da limpeza nas áreas menos profundas do nosso coração. Ela é importante para o cristão porque vai evitar que escândalos acabem prejudicando seu testemunho diante das pessoas. A situação, no nosso tempo, pode ser grave porque muitos se recusam a passar até mesmo por esses níveis mais rasos de limpeza. Não se importam se a “morada de Deus” aparenta estar suja ou destruída. Continuam vivendo suas vidas da mesma forma de antes. Precisamos entender que os primeiros passos de nossa caminhada com Cristo devem se iniciar a partir desta limpeza.

Mas, conhecendo o desfecho da história, vejo que ainda faltava algo para Josias. O relacionamento dele com Deus não deveria ou poderia ficar naquele nível e, por isso, baseado na intervenção do próprio Deus, Josias faz um achado muito importante:

Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o Livro da Lei na Casa do Senhor. Hilquias entregou o livro a Safã, e este o leu. 9 Então, o escrivão Safã veio ter com o rei e lhe deu relatório, dizendo: Teus servos contaram o dinheiro que se achou na casa e o entregaram nas mãos dos que dirigem a obra e têm a seu cargo a Casa do Senhor. 10 Relatou mais o escrivão Safã ao rei, dizendo: O sacerdote Hilquias me entregou um livro. E Safã o leu diante do rei. (2Reis 22:8)

Até aquele momento, Josias tinha um relacionamento com Deus baseado no que outras pessoas (provavelmente sua mãe) o haviam dito. As atitudes do rei mostram que ele O “conhecia de ouvir falar”, mas não o suficiente para desejar ir morar com Ele. Suas atitudes após a leitura da Palavra mostram que ele finalmente teve a revelação de Quem era Deus:

Tendo o rei ouvido as palavras do Livro da Lei, rasgou as suas vestes. (2Reis 22:11)

Uma vez que Josias ouviu da Palavra sobre quem era Deus, ficou indignado. Ele ainda não conhecia a Deus. Ele não o temia, mas, a partir daquele instante, o temor de Deus havia tomado conta do coração do rei. Após isso, suas atitudes não são mais ordens à distância direcionadas a melhorar a aparência da casa de Deus. O rei vai até o Templo e toma uma série de medidas que podem nos ajudar muito a entender o que o conhecimento de Deus deve fazer com cada um de nós:

 

Josias renovou a Aliança

Então, deu ordem o rei, e todos os anciãos de Judá e de Jerusalém se ajuntaram a ele. O rei subiu à Casa do Senhor, e com ele todos os homens de Judá, todos os moradores de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, desde o menor até ao maior; e leu diante deles todas as palavras do Livro da Aliança que fora encontrado na Casa do Senhor. O rei se pôs em pé junto à coluna e fez aliança ante o Senhor, para o seguirem, guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, cumprindo as palavras desta aliança, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo anuiu a esta aliança. (2Reis 23:1-3)

Uma das primeiras atitudes do rei, depois de entender quem era Deus, foi renovar a Aliança para com Ele, tanto dele próprio, como de todo o Israel. O povo havia cometido muitos erros até ali e era preciso reforçar qual deveria ser a visão de toda aquela nação a partir daquele momento. Se, até aquele dia, eles estavam perdidos, adorando a muitos deuses, a partir daquele dia, o povo sabia que deveriam viver para guardar os mandamentos, preservar os seus testemunhos e os estatutos da lei. E não apenas isso, mas deveriam fazer isso de todo o coração e de toda a alma.

Geralmente, quando falamos de Aliança, nos recordamos mais daquela que Deus fez para com o seu povo, enumerando as promessas e seus benefícios. Mas isso não ocorreu naquele dia. O povo queria reforçar o seu papel na Aliança. Será que conseguiríamos fazer o mesmo: lembrar da Aliança para com o nosso Deus nos atendo no esforço de cumprirmos a nossa parte diante Dele?

Sabemos que o nosso Deus Hessed é Aquele que faz a aliança, cumpre a Sua parte e nos ajuda a cumprir a nossa. Entretanto, Ele não a cumpre para nós. Ele nos auxilia neste processo. Por isso, é muito importante que saibamos e nos esforcemos para cumprir aquilo que Deus tem pedido de cada um de nós. Por mais que nosso papel seja difícil e pareça quase impossível, saiba que Ele quer te auxiliar e te ajudar nesse processo.

Creio que podemos renovar a nossa Aliança com o Senhor hoje. Mas não gostaria de fazer isso baseado naquilo que posso receber de benefício em se ter uma Aliança com Deus. Quero renovar essa aliança para relembrar o meu papel como servo de Cristo. Talvez você tenha algo que tenha recebido de Deus, para ser cumprido, e tenha se esquecido disso. Podemos renovar essa Aliança diante de Deus hoje.

 

Josias purificou o Templo

Então, o rei ordenou ao sumo sacerdote Hilquias, e aos sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas da porta que tirassem do templo do Senhor todos os utensílios que se tinham feito para Baal, e para o poste-ídolo, e para todo o exército dos céus, e os queimou fora de Jerusalém, nos campos de Cedrom, e levou as cinzas deles para Betel”. (2Reis 23:4)

Neste instante, não se tratava mais de uma simples limpeza nas instalações da Casa de Deus. Agora, Josias queria purifica-lo. Isso significa que ele iria retirar dele tudo o que pudesse ser contrário à santidade de Deus.

Será que estamos prontos para essa etapa de transformação? Josias teve o conhecimento de quem era Deus, renovou a Aliança e chegou a hora da limpeza. Será que, diante do conhecimento do Deus Vivo que temos, podemos buscar uma limpeza verdadeira em nossas vidas? O que ainda está guardado no seu coração que precisa ser colocado para fora hoje?

Josias não apenas pegou as imagens e guardou num lugar bem escondido. Mais do que retirar da Templo, o rei queria desaparecer com aquela imundícia. Ele queimou tudo do lado de fora. Como não bastasse, ele levou as cinzas para longe daquele lugar. Parece exagero, mas o interesse dele era só de afastar completamente aquele mal que tinha permanecido tanto tempo ali.

Muitas vezes, tentamos esconder, ao invés de retirar. Guardamos coisas corruptíveis em locais escondidos de nosso coração. Acreditamos que, uma vez escondidos, nunca mais teremos que os ver ou lidar com estes sentimentos. Mas, de tempos em tempos, eles insistem em ressurgir.

Deus não quer que você esconda aquilo que o tem afastado Dele. Deus deseja aniquilar de uma vez por todas. Permita que o Espírito Santo retire este material do mais profundo do seu coração e o coloque para fora para ser queimado.

 

Josias celebrou a Páscoa

“Deu ordem o rei a todo o povo, dizendo: Celebrai a Páscoa ao Senhor, vosso Deus, como está escrito neste Livro da Aliança. Porque nunca se celebrou tal Páscoa como esta desde os dias dos juízes que julgaram Israel, nem durante os dias dos reis de Israel, nem nos dias dos reis de Judá. Corria o ano décimo oitavo do rei Josias, quando esta Páscoa se celebrou ao Senhor, em Jerusalém”. (2Reis 23:21-23)

Josias não mandou celebrar a Páscoa apenas porque queria festejar um pouco. A festa da Páscoa remetia o povo à libertação do Egito. Era preciso que o povo voltasse a ter esperança. Em outras palavras, “traga à memória àquilo que te traz esperança”.

Ás vezes, estamos tão afundados em nossos problemas ou em nossos pecados, que acabamos esquecendo o quão maravilhoso Deus tem sido conosco até aqui. E nos esquecemos disso porque não sabemos celebrar.

Precisamos aprender a festejar, em Deus, pelas coisas que Ele tem feito em nossas vidas. “Passar de ano”, um presente novo, uma aprovação no vestibular, um primeiro emprego, entre tantas coisas. Celebre pelo melhor de Deus que está te acontecendo agora. Faça com que as maravilhas de Deus sejam marcantes na sua vida.

Um detalhe importante nesse processo: o povo não havia recebido nenhuma benção material naquele momento. Apesar disso, eles sentem o desejo de se alegrar com Deus. Não podemos também limitar nossa Celebração apenas para quando estamos “ganhando alguma coisa”. A benção principal de Deus sobre a sua vida já foi estabelecida há muitos anos atrás: o Senhor nos salvou e nos deu a oportunidade de recomeçar. Se você acha que não tem nada para celebrar, celebre pela maior conquista de todos os tempos: a possibilidade de se viver na eternidade junto de Deus, pelo sacrifício de Cristo na cruz.

 

Josias afastou os “maus elementos”

“Aboliu também Josias os médiuns, os feiticeiros, os ídolos do lar, os ídolos e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, para cumprir as palavras da lei, que estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias achara na Casa do Senhor”. (2Reis 23:24)

Depois de renovar a Aliança, purificar o templo, celebrar a Páscoa, veio o pós “recebimento da Palavra”. E a Bíblia retrata bem que Josias não havia concentrado suas medidas apenas para aquele momento de euforia, mas havia outras coisas que precisavam ser feitas. Ele expulsa todos aqueles que, de alguma forma, iriam atrapalhar aquele novo momento em Israel.

É muito importante que nós evitemos a influência de maus elementos sim, mas não é isso o mais importante nesta atitude. O mais importante é o processo de “continuísmo” daquilo que Deus começou naquele lugar.

Fico preocupado porque testemunho muitos jovens que recebem muito de Deus num Encontro e voltam para seus lares para continuarem sendo exatamente as mesmas pessoas que eram, antes dele. Precisamos reconhecer a operosidade de Deus nas nossas vidas e vivermos por ela. Não perca aquilo que Deus está começando em você durante estes dias.

Uma vez de volta, retome a sua vida numa nova “vibe”. Afaste-se daquilo que te faz mal; procure a presença de Deus todos os dias; abandone a prática de coisas ruins; honre a seus pais/autoridades; pare de “ficar” com os meninos (as); pare de rebeldia; mostre ao mundo que Deus operou uma obra maravilhosa em você e que não acabou aqui, mas está se estendendo por todos os dias da sua vida.

 

Josias foi reconhecido por fazer diferença no seu tempo

Antes dele, não houve rei que lhe fosse semelhante, que se convertesse ao Senhor de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas as suas forças, segundo toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro igual. (2Reis 23:25)

Josias somente se envolveu diretamente com Deus após permitir que a Palavra Dele penetrasse sua alma. Nós não estamos falando de um decorar, mas de um envolvimento profundo com o que Deus disse na Sua Palavra. Ele ouviu e aquilo fez um “reboliço” dentro dele:

Antes da Palavra                                                         Depois da Palavra

Arrumem a casa                                                          Eu sou a Casa

Fazer pequenos ajustes                                           Consertar tudo o que está errado

Não temia no seu coração                                       Seu coração se encheu de temor

Mudar de fora para dentro                                      Mudar de dentro para fora

Conhecer Deus pela boca de outros                       Se envolver pessoalmente com Ele

 

Conclusão

A Bíblia não é um livro de meditações ou frases agradáveis de se ler ou ouvir. Ela precisa ser um instrumento cortante que atinja a nossa alma, que abale nossa estrutura, que mude nosso viver completamente e nos faça viver na plenitude do que Deus deseja.

Nós temos uma vantagem muito grande em relação aquele rei: nós temos o Espírito Santo.

Creio que Deus quer promover uma transformação completa em nós, a partir da Sua Palavra e daquilo que Ele deseja ministrar em cada coração. Vamos tomar este caminho: renovar a aliança, purificar a casa, celebrar, e dar continuidade ao que Ele já começou em nossas vidas.

Permita que o Espírito Santo inicie, a partir deste momento, uma obra perpétua em sua vida. Permita que Deus mude a sua história por completo. Não dá mais para continuar sendo sempre o “mesmo do mesmo”. É tempo de mudança. É tempo de renovação da nossa mente. É tempo de começar a escrever uma história que será lembrada por muitas gerações como o tempo de Deus para mim. Vamos permitir que o reconhecimento da presença do Espírito Santo realize uma obra à altura em nossas vidas. Em meio a tanta coisa guardada em nosso coração, pode ainda haver o tesouro mais precioso que já encontramos.

O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. (João 14:17)

Publicado por Pr. Wilson

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